Gol vai reciclar 200% dos resíduos gerados nos seus aviões

Na última segunda-feira, 18 de setembro, a A GOL Linhas Aérea apresentou sua nova aeronave temática, #MeuVooCompensa, substituindo o laranja da companhia pelo verde. A escolha da cor vem de encontro com o anúncio das iniciativas ambientais e iniciativas ligadas à sustentabilidade, anunciadas no mesmo dia, em evento no no Aerotech, em Confins (CNF), onde fica o angar e o Centro de Manutenção da empresa.

O nome da aeronave vem da campanha #MeuVooCompensa, lançada em junho de 2021, fruto de uma parceria entre a GOL e a climatech Moss. A iniciativa oferece aos passageiros e passageiras a possibilidade de compensar voluntariamente a pegada de carbono individual gerada em suas viagens. Pioneira na América Latina, a campanha já compensou 15,4 mil toneladas de CO2 de maneira voluntária pelos Clientes, nas rotas carbono neutro da GOL (Recife-Fernando de Noronha e Congonhas-Bonito) e em ações pontuais de compensação.

“Esse montante equivale a 3.856 hectares de floresta nativa conservados por um ano, ou a 2.217.562 árvores preservadas por um ano, ou ainda à manutenção de 4.674 campos de futebol FIFA de natureza nativa”, pontou André Cruz, Chief Operating Officer (COO) da GOL.

A nova aeronave traz ilustrações e informações para incentivar que clientes sigam compensando as emissões de CO2 que corresponde à pegada individual em cada viagem. Além disso, tem imagens que remetem ao compromisso assumido pela GOL de reciclar 200% dos resíduos recicláveis descartados a bordo de todos os seus voos – a estimativa é que mais de mil toneladas de material sejam recicladas anualmente.

Para cada embalagem plástica, de papel, vidro ou alumínio descartada a bordo, a Companhia compensará com a reciclagem de outras 2 (duas) embalagens, muito acima dos 22% de reciclagem exigidos pela legislação brasileira. Para esta operação, a GOL conta com a parceria com a eureciclo, negócio de impacto socioambiental e aplicação de logística reversa que, junto às empresas e sociedade, busca elevar as taxas de reciclagem e gerar valor e profissionalização aos agentes da cadeia.

“A GOL decidiu que não quer cumprir a lei, reciclando 22%, não quer a neutralidade de 100%, a empresa quer fazer a regeneração. Para cada resíduo de plástico, papel, vidro ou metal, que é descartado num voo, a GOL vai compensar o dobro disso, 200%. É essa lógica regenerativa: quero fazer mais do que eu estou impactando”, conta Marcos Matos, cofundador da eureciclo. “O sorriso que a GOL passa a estampar em suas aeronaves é resultado desse compromisso que, além de reciclar, contribui para elevar as taxas de reciclagem e melhorar a qualidade de vida da população”.

Consciente de que a reciclagem é parte da solução de uma gestão de resíduos positiva, o gerente de ESG da Companhia, Felipe Sobrinho, disse que a GOL está trabalhando para encontrar soluções que ajudem a reduzir o volume de resíduos gerado nas aeronaves, bem como substituir os itens descartáveis, em especial os feitos de plástico.

Avião verde

A nova aeronave temática da GOL é um modelo mais sustentável: o Boeing 737 – MAX 8 faz parte do processo de renovação da frota de aviões da companhia e consome 15% a menos de combustível, além de emitir 16% menos CO2 e 40% menos de ruído.

“O lançamento da aeronave fortalece e divulga o nosso compromisso com a sustentabilidade, ao mesmo tempo que convida a todos para se engajarem neste propósito. Em 2021, quando apresentamos a campanha #MeuVooCompensa, com a inédita neutralização individual e voluntária de carbono para clientes, assumimos o desafio de buscar e compartilhar o conhecimento com toda a sociedade, pois acreditamos que somente com a responsabilidade compartilhada teremos novos tempos para a Terra. Seguimos firme no caminho escolhido e hoje anunciamos novas iniciativas desta frente, agora também envolvendo a compensação dos resíduos recicláveis gerados a bordo”, afirmou Celso Ferrer, CEO da GOL.

A aeronave #MeuVooCompensa foi pintada manualmente pela equipe do centro de manutenção de aviões da GOL, um trabalho que levou 9 dias para a pintura externa e para a adesivagem das bandejas e dos bins, na cabine. No total, 44 colaboradores das áreas de Pintura, Engenharia de Estruturas e Oficina de Comunicação Visual se envolveram no trabalho.

Mais sustentável, leve e duradoura do que uma adesivagem, a pintura externa empresta longevidade ao MAX verde: tem permanência média 10 anos, permitindo que nesse período ele se desloque por entre a grande maioria das bases nacionais e internacionais da GOL, uma vez que possui configuração compatível com voos para o exterior.

A GOL possui 39 aeronaves Boeing 737 MAX 8 no Brasil, todas em operação, com previsão de chegar a 75 – metade da sua frota – até o final de 2025. Desde 2019, a GOL já ultrapassou 240.000 horas de voo com as aeronaves MAX, propiciando a economia de 115,2 milhões de litros de combustível de aviação e a redução de 364,032 mil toneladas na emissão de GEEs.

Como compensar o carbono de uma viagem?

A compensação de carbono em voos nacionais e internacionais da GOL, disponível desde 5 de junho de 2021, é realizada por meio do MCO2, o primeiro token verde totalmente global registrado em blockchain, criado pela Moss. O valor gerado pela transação do token destina-se a neutralizar a emissão de CO2 a partir do apoio a projetos ambientais certificados com atuação na Amazônia.

Desde o início deste ano a GOL possibilita que seus Clientes voem já com a pegada de carbono compensada. Para isso, a compensação é feita durante o ato da compra da passagem. Outras opções de neutralização do CO2 continuam vigentes, o que torna possível compensar também trechos já comprados ou voados. Todas elas dão direito a um certificado de compensação individual.

Como segunda opção, após a compra da passagem aérea, o passageiro é convidado via e-mail a neutralizar voluntariamente o CO2 emitido pelo seu voo. Como terceira alternativa, o passageiro pode entrar a qualquer momento no site da GOL, buscar por “Sustentabilidade” e em seguida clicar em “Calcule sua Pegada”: ele encontra uma calculadora, desenvolvida pela GOL+Moss, capaz de calcular em tonelada (tCO2e) a quantidade de carbono emitida pelos voos, com o respectivo custo de neutralização exibido em reais. Esse olhar empático para o planeta é bastante acessível: compensar um voo como Congonhas-Santos Dumont sai mais em conta do que um café.

Ainda em 2021, em setembro, a GOL criou a primeira rota 100% carbono neutro do Brasil, Recife-Fernando de Noronha-Recife (atualmente suspensa por conta de obras de manutenção da pista do aeroporto de FEN). Em dezembro do mesmo ano, foi a vez de instituir a inédita Congonhas-Bonito-Congonhas como a segunda rota brasileira 100% carbono neutro, que já nasceu sustentável.

As duas rotas carbono neutro tem como destinos paraísos naturais que atraem turistas e reforçam a necessidade de preservação dos ecossistemas brasileiros. Nestas rotas, a GOL e a Moss assumem a compensação total de carbono dos voos, sem nenhum custo adicional a quem voa, mas com um convite para a neutralização voluntária dos demais trechos que compõem sua viagem.

“Estamos muito contentes em fazer parte da jornada sustentável da GOL desde 2021, apoiando a empresa e seus clientes na compensação das emissões de CO2 provenientes de trechos voados para diversas regiões do Brasil e ao exterior. Essas iniciativas colaboram diretamente com a conscientização da sociedade, que poderá perceber a compensação de CO2 como uma atitude simples e acessível para todos”, comentou Luis Adaime, fundador e CEO da Moss.

Balanço líquido zero de carbono até 2050

A GOL foi a primeira Companhia Aérea do Brasil a se comprometer, no segundo trimestre de 2021, com o balanço líquido zero de carbono até 2050. Para atingir essa meta, a Companhia se apoia em 4 pilares:

• 15% da redução do CO2 virá com a utilização de aeronaves tecnologicamente mais avançadas que propiciam menor consumo e emissão de CO² – caso do Boeing 737 MAX, que já representa hoje cerca de 30% da frota da GOL;
• 3% da neutralização será alcançado por meio de melhorias operacionais contínuas, como otimização do espaço aéreo e das operações em solo;
• 18% da compensação deve acontecer com medidas baseadas no mercado, como a compensação voluntária de carbono pelos clientes;
• 64% da redução das emissões estão relacionados ao uso de combustível sustentável SAF (Sustainable Aviation Fuel)

Combustível sustentável

Segundo André Cruz, o mais importante desafio para que a indústria da aviação se torne mais sustentável é a construção de um marco regulatório no Brasil que permita a produção de SAF, da sigla Sustainable Aviation Fuel, ou combustível sustentável para a aviação, em português. Segundo o executivo, as políticas públicas serão as impulsionadoras dessa produção, sem gerar distorções mercadológicas, garantindo previsibilidade e estabilidade de mercado para os produtores, assim como uma proteção ao consumidor final de não pagar qualquer preço pelo biocombustível.

No próximo mês de outubro, a GOL irá comemorar os 10 anos do primeiro voo comercial movido a biocombustível no Brasil, realizado de forma pioneira pela Companhia em 23/10/2013 na rota São Paulo-Brasília. Ao todo, a empresa já operou mais de 360 voos com bioquerosene.

Em março deste ano, a GOL anunciou ter conquistado o Estágio 2 da certificação IEnvA (IATA Environmental Assessment, ou Avaliação Ambiental IATA), a comprovação de que o Sistema de Gestão Ambiental da empresa foi implementado e validado, inclusive com o total envolvimento de sua Governança. A Companhia é a única brasileira em um seleto grupo de 10 companhias aéreas mundiais titulares da IEnvA Estágio 2.

Para mais informações sobre as iniciativas ESG da GOL, acesse o Relatório de Sustentabilidade da companhia.