13 dicas para ter uma horta caseira sem gastar muito

Plantar aquilo que se come traz muitos benefícios. Desde o tempo bem aproveitado com a mão na terra, se reconectando à natureza, passando pela garantia de alimentos livres de agrotóxicos, pela beleza de ter mais verde decorando nosso espaço até a economia com a compra de hortaliças e temperos. Mas, a questão econômica pode também ser um desafio, já que montar e manter a horta envolvem alguns custos.

Comprar sementes, mudas, adubo, materiais de jardinagem, vasos ou e materiais de construção pode ser caro. Mas existem maneiras de baratear este preço, sem prejudicar a beleza e a produtividade da sua plantação. Confira algumas dicas que podem te ajudar!

Dicas para uma horta econômica

1. Planejamento

É possível plantar em grandes quintais e terrenos ou em espaços pequenos – e até em apartamentos. Para saber como vai ser a sua horta e otimizar os custos, o primeiro passo é planejar: definir qual é o espaço disponível, o tempo que você vai poder dedicar a esta atividade e quais são as características deste lugar, como disponibilidade de luz solar.

Com isso em mente, faça uma lista de compras planejada: com a quantidade certa de sementes, materiais, terra (se for o caso) e também as espécies mais adequadas para as necessidades e características da sua casa.

2. Culturas certas

Considere as condições do lugar.  Para que tipo de plantas você tem espaço suficiente? Quantas horas de sol? O clima é mais seco ou úmido? Saber o que plantar vai te poupar tempo e dinheiro. E vai trazer mais satisfação, já que as plantas que melhor se adaptam ao local onde você vive, vão crescer mais fortes e saudáveis – com menos cuidados.

Uma boa pedida é sempre priorizar as plantas nativas e conversar com especialistas (ou dar uma pesquisada na internet) sobre as culturas mais adequadas para cada época do ano.

3. Tenha espécies perenes

Plantas perenes são aquelas que não morrem após um ciclo. Ou seja, elas seguem dando frutas, folhas e flores ano após ano, com as variações naturais de cada estação. Com estas espécies, você não precisa começar do zero.

4. Plantes sementes

Uma dica para quem vai começar a sua horta ou jardim e não quer gastar muito é iniciar o plantio com as sementes, que normalmente são mais baratas que as mudas – pacote pode conter centenas de sementes e ser vendido por um valor menor do que uma única muda.

Além de mais barato, o processo de plantar uma semente e acompanhar o desenvolvimento completo da planta é bastante interessante, quase terapêutico. Um verdadeiro exercício de observação, paciência e encantamento em tempos tão acelerados.

Escolha um local interno com bastante luz e uma sementeira. Existem várias alternativas que reaproveitam materiais como caixas de ovo ou rolos de papel higiênico. Para fazer as suas mudas, plante as sementes de acordo com as instruções da embalagem. Cada espécie tem um plantio diferente.

A embalagem também deve explicar quando as mudas podem ser transplantadas para o jardim. Um pacote de sementes pode conter mais do que você pode usar em um ano, então guarde-as em um lugar fresco e seco para o próximo ano.

5. Comece pequeno 

Para começar, nada de muita expectativa. Comece com espécies menores, que exigem menos cuidados. Vá se adaptando, aprendendo e então amplie a sua horta. Não precisa começar ocupando todo o espaço disponível ou cultivando espécies que são mais exigentes.

Deixe que a sua horta cresça junto com as suas habilidades de jardinagem, assim você evita frustações e gastos desnecessários.

6. Pesquise sua rede

Materiais de jardinagem podem ser caros. Mas, tem muita gente que comprou e não usa mais, outras pessoas que vendem itens usados ou aquelas criativas que conseguem criar novos itens reaproveitando materiais baratos, como embalagens. Entrar em comunidades de jardinagem nas redes sociais, seguir influenciadores com experiência e acionar sua rede de familiares e amigos para ver quem tem algo “sobrando” é uma boa. Você pode até ganhar alguns presentes e doações. Antes de comprar qualquer coisa, pesquise!

7. Compre local 

Assim como todos os outros produtos, as sementes, vasos, terra e ferramentas de jardinagem tem seu impacto ambiental e o transporte é uma das razões para isso. Se puder descobrir uma loja de jardinagem próxima à sua casa, vá até lá. Além de apoiar o comércio local, esta é uma boa chance de conversar com pessoas que trabalham com estes produtos e podem te dar boas dicas para o cultivo. Se for comprar online, prefira as lojas mais próximas de você.

8. Compre “fora de temporada”

Se você for comprar, lembre-se: o verão e a primavera são um convite para atividades ao ar livre e entre elas está a jardinagem. Então, comprar produtos para a horta nos meses mais frios pode garantir preços mais acessíveis e algumas promoções. Com planejamento, dá para comprar o que você vai usar ao longo do ano gastando menos.

9. Composte (ou descubra quem composta)

Além de dar um destino muito mais sustentável aos resíduos orgânicos, a compostagem gera um adubo orgânico muito eficiente, capaz de deixar qualquer solo e plantas mais fortes. Esse composto orgânico pode substituir fertilizantes químicos que muitas vezes têm um impacto ambiental negativo – além de serem um custo extra.

Um adubo orgânico é rico em nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio e também ajuda na retenção de água, estabilizando o pH e criando uma estrutura aerada no solo. Existem muitas alternativas de compostagem caseira ou até empresas que fazem a coleta de seus res´iduos orgânicos e entregam o composto para o solo.

Outra ideia é descobrir se no seu bairro ou entre seus aigos existem alguém que faz compostagem. Essas pessoas normalmente têm adubo para doar, inclusive o percolado líquido de minhocários que pode ser misturado à água da rega e traz ótimos resultados.

10. Cubra o solo

Cobrir a terra com material orgânico ajuda a reter a umidade e a isolar o solo. Para isso você pode usar folhas secas, restos de poda, galhos caídos e outros materiais que estão disponíveis (de graça) em áreas verdes, como praças e parques e até mesmo no seu jardim (ou no jardim de alguém que você conhece).  Para garantir a cobertura seca, deixe o material no sol por alguns dias e pique em pedaços menores antes de espalhar no solo.

11. Controle biológico

Aquilo que muitas vezes chamamos de “pragas” são na verdade bichinhos que não tem predadores naturais no seu jardim e acabam se reproduzindo sem controle. Pulgões, por exemplo, podem ser eliminados por joaninhas que adoram comer estes insetos e suas larvas. Louva-a-Deus, crisopídeos e tesourinhas também ajudam a manter seu jardim saudável e afastar outras, ​​sem usar pesticidas caros e tóxicos.

Existem plantas e técnicas para atrair estes amigos da horta, assim como os polinizadores, fundamentais para que as plantas se reproduzam. Existem inclusive plantas que afastam possíveis pragas, como o capim-limão, manjericão, lavanda, hortelã e tomilho.

12. Dedicação regular

Não deixe os cuidados com as plantas “para depois”. Fazendo um pouquinho por dia e conferindo se está tudo bem, você não se sobrecarrega e evita que alguns cultivos não deem certo. Tenha um cronograma de cuidados com seu cantinho verde, isso vai fazer bem para você e para a sua plantação.

13. Regue com consciência

Regar o jardim conscientemente significa menos desperdício de água e de dinheiro. Verifique qual é a necessidade de água para cada espécie que você plantar – existem aquelas que podem ser regadas uma vez por semana e aquelas que precisam de água todos os dias. Em todos os casos, o bom uso da água garante plantas mais saudáveis e menos gastos.

Uma dica é regar as plantas pela manhã, quando o ar ainda está frio. Assim as plantas têm mais tempo para absorver a água e depois secar durante o dia. Durante a noite, especialmente nos dias mais frios, a água pode causar danos.

Nos dias de muito calor, se não conseguir regar nas primeiras horas da manhã, regue no final do dia, com o sol menos quente. Isso evita a evaporação da água ou o risco de “cozinhar” as raízes em vasos que ficam no sol.