Dicas de controle biológico para hortas urbanas
O produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio do ambiente.
O produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio do ambiente.
Por Governo SP
A produção de hortaliças nas grandes cidades está aumentando e a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo busca fomentar esta prática por meio do Instituto Biológico. Abaixo, o órgão dá dicas de como tornar as hortas caseiras mais sustentáveis utilizando “inimigos naturais” em vez de defensivos agrícolas.
Predadores, parasitoides, nematoides, bactérias e fungos são inimigos naturais que protegem as plantações das pragas e doenças. O controle biológico, uma técnica do Manejo Integrado de Pragas (MIP), utiliza esses inimigos para manter o equilíbrio natural, tornando a plantação mais saudável.
“O controle biológico é o componente de maior importância do MIP”, diz o pesquisador Mário Sato, que trabalha no Centro Avançado de Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal do Instituto.
O controle das pragas ocorre naturalmente, em muitos casos não há necessidade da aplicação de inseticidas e acaricidas, pois causam desequilíbrio ao plantio.
“O produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio do ambiente, ou seja, não aplicar qualquer produto, fazer uma boa adubação e uma irrigação adequada, para não ter uma infestação elevada de pragas, que pode causar injúrias à cultura”, explica Sato.
Em cultivos de hortaliças, a presença de insetos (pragas) é comum e o número de inimigos naturais é baixo. Nesse caso, a introdução de predadores, parasitoides ou nematoides, é necessária para o controle biológico ser efetivo.
Diversos inimigos naturais, como ácaros predadores, já são comercializados e são fáceis de serem utilizados, pois quando liberados no campo se dispersam por conta própria.
O agrônomo explica que quando existe praga, o inimigo natural controla e à medida que as pragas vão diminuindo, ele simplesmente vai embora – não existe risco do inimigo se tornar praga.
“Na maioria dos casos, o produtor precisa reintroduzi-los em sua plantação, pois em cultivos de hortaliças há uma troca frequente de cultivares”, afirma.
Já para o titular da Coordenadoria do Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), José Valverde Machado Filho, a adoção de conceitos que definam hortas urbanas e periurbanas faz parte de uma política pública muito próxima à realidade das pessoas, que cada vez mais buscam uma relação com os alimentos que consomem, preferencialmente in natura.
“Tais políticas visam estimular tanto a produção de alimentos dentro de casa, em pequenos canteiros ou hortas horizontais, como aquelas que promovem uma integração da comunidade”, avalia.
Veja abaixo algumas dicas importantes:
Observação: a adubação exagerada, com irrigação inadequada (excesso ou falta de água), causa estresse às plantas, e favorece a criação de pragas e doenças.