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abelhas sem ferrão
Foto: Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência de Salvador

Jataí, Mandaçaia, Uruçu, Guaraipo, Manduri, Bugia, Mirim e centenas de outras espécies fazem parte do fascinante mundo das abelhas sem ferrão. Nativas do Brasil, essas pequenas trabalhadoras são gigantes na tarefa de manter a biodiversidade dos biomas brasileiros. Muitas espécies vegetais são totalmente dependentes delas para que possam se reproduzir. 

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Cientes de sua importância, especialistas têm incentivado a criação de abelhas sem ferrão. É o caso da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) que produziu uma série de vídeos técnicos sobre como criar abelhas sem ferrão. 

abrigos de abelhas
Foto: Brendan Austin | IKEA

Os módulos abordam dicas práticas de manejo, cuidados com as colônias, características das espécies: tudo o que o meliponicultor precisa saber antes de iniciar a atividade. Por serem dóceis e de fácil manejo, elas podem ser uma alternativa de geração de renda em muitas propriedades. Produção de mel, própolis, geoprópolis, pólen e cera, multiplicação e venda de colônias, até para fins de educação ambiental, são algumas das possibilidades.

Os temas são os seguintes: manejo das colônias e alimentação de inverno, iscas para atrair enxames, como fazer o extrato de própolis, fabricação de potes e lâminas de cerume e uma receita prática de verniz ecológico – um tratamento natural para as caixas das abelhas.

Todos os vídeos da série você confere nesta playlist no canal de Youtube Epagri Vídeos

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Abelhas sem ferrão

Ao passar de flor em flor, essas abelhinhas carregam o pólen e fazem a fecundação, gerando assim a produção da semente e o surgimento de uma nova planta. Em torno de 90% das espécies da Mata Atlântica dependem das abelhas em ferrão para se reproduzirem. Além da nossa própria alimentação depender delas.

Diferentemente do que indica o nome, essas abelhas possuem ferrão, porém é atrofiado e, assim, elas são incapazes de ferroar. Não são necessários equipamentos de proteção e nem fumaça para o manejo. Por isso, elas podem ser criadas próximas de residências, inclusive em áreas urbanas, dentro de caixas.

No ambiente natural, as abelhas sem ferrão costumam se alojar em cavidades de árvores, ninhos abandonados de cupins ou formigas ou em galhos. Já na atividade comercial, denominada meliponicultura, as colônias vivem em caixas pequenas, disponibilizadas pelo meliponicultor, e ali mantêm o controle da produção e a família fortalecida. 

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abelha importancia
Foto: Prefeitura de Salvador

A organização social é composta pelas operárias que fazem a manutenção da colmeia, alguns zangões e uma rainha, responsável pela postura, nascimento de novas abelhas e por manter a colônia unida.

As espécies de abelhas sem ferrão possuem tamanhos, cores, formas e hábitos distintos. Elas são divididas em duas grandes tribos: a Trigonini e a Meliponini. Cada tribo possui uma estrutura que a identifica na entrada do ninho. A Trigonini constrói um pito com cerume na entrada e a Meliponini faz raios salientes de barro ou geoprópolis ao redor da entrada que, por sinal, permanece sempre protegida pelas sentinelas.

As informações são da Epagri