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jatai abelha sem ferrão
Jataí, espécie de abelha sem ferrão | Foto: SIMA

As abelhas são responsáveis pela polinização de mais de 70 das 100 espécies de vegetais que fornecem 90% dos alimentos no mundo. O Brasil destaca-se como um dos locais com maior ocorrência de espécies de abelhas sem ferrão, ainda assim sua criação é menos difundida do que as abelhas exóticas. Em um esforço para fortalecer a atividade de meliponicultura, isto é a criação racional das abelhas-sem-ferrão, a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.) lança o Atlas da Meliponicultura do Brasil.

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A plataforma digital reúne dados sobre 93 espécies de abelhas sem ferrão que possuem iniciativas de manejo e são mais comumente criadas em cada Estado brasileiro. Desta forma, visa contribuir para a tomada de decisão dos criadores, uma vez que a meliponicultura já é para muitos uma alternativa de emprego e renda. Em São Paulo, por exemplo, já há quase dois mil criadores autorizados de abelhas nativas sem ferrão.

Lançada no Dia Nacional da Abelha, celebrado em 3 de outubro, a ferramenta gratuita é uma evolução do Mapa de Espécies Criadas por Estado, um sistema mais simples até então disponível no site da A.B.EL.H.A. e que foi atualizado com mais espécies de abelhas e ganhou um painel dinâmico e interativo. Mesmo com menos recursos e informações, o Mapa já era uma das páginas mais visitadas do site.

atlas abelhas
Imagem: Divulgação

Resultado de um amplo trabalho de pesquisa e curadoria, o Atlas da Meliponicultura no Brasil está disponível aqui.

“Nosso objetivo é reunir informações que contribuam efetivamente para o dia a dia do meliponicultor no manejo de suas colônias e que, desta forma, a atividade se fortaleça ainda mais em todo o Brasil. O potencial para isso é imenso e queremos fazer parte do processo”, afirma Ana Assad, diretora-executiva da A.B.E.L.H.A.

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Assad aponta ainda que o Atlas pode ser útil para agricultores identificarem espécies de abelhas sem ferrão que podem ser atraídas aos cultivos para elevar a produtividade por meio do serviço de polinização. “Hoje sabemos, por exemplo, que a presença de abelhas na florada do café arábica pode aumentar a produção de grãos em até 30%.”

Como funciona o atlas de abelhas

Para a apresentação da distribuição geográfica nos Estados brasileiros, foram usadas duas fontes de informação: o Catálogo Nacional de Abelhas-Nativas-Sem-Ferrão, publicado pelo ICMBio, e o Catálogo de Abelhas Moure. Após a escolha da fonte desejada para conhecer os Estados de ocorrência (ICMBio, Catálogo de Abelhas Moure ou ambas), a consulta pode ser feita pelo nome científico ou popular das espécies de abelhas sem ferrão, mas também por Estado ou região do país.

atlas abelhas
Imagem: Divulgação

Cada Estado no painel é clicável e, ao clicar, é apresentada a lista com as espécies de abelhas sem ferrão selecionadas, com seu nome científico e popular. Como os nomes populares variam entre as regiões brasileiras, foram apresentados mais de um nome para algumas das espécies, com base no Catálogo de Abelhas Moure, maior fonte taxonômica de abelhas do Brasil e da região Neotropical, e no e-book Abelhas sem ferrão relevantes para a meliponicultura no Brasil.

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Cada espécie tem também um link para a página correspondente no Sistema de Informação Científica sobre Abelhas Neotropicais, onde poderão ser exploradas mais informações sobre a espécie, a exemplo de plantas que usam para a coleta de pólen e néctar, trabalhos científicos sobre sua biologia e seu comportamento e imagens que auxiliam no reconhecimento e identificação. O Sistema integra a plataforma de dados científicos infoA.B.E.L.H.A., desenvolvida pela A.B.E.L.H.A. em parceria com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA).

Meliponicultura: como começar

Quem tiver interesse em iniciar a atividade de meliponicultura, pode conhecer outros materiais da A.B.E.L.H.A. que podem ajudar a montar o negócio: