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Especialização ESG
Com as fronteiras abertas, voltaram a investir na educação internacional. | Foto: Holly Mandarich | Unsplash

A procura de brasileiros interessados em fazer intercâmbio em outros países seja para cursos de idiomas, ensino médio (High School) e até mesmo uma graduação e pós fora do país cresceu 30% em 2022 quando comparado a 2019 – ano antes do início da pandemia de Covid-19. Canadá, EUA, Inglaterra, Austrália e Irlanda foram os destinos mais procurados, segundo levantamento do STB (Student Travel Bureau), consultoria especializada em educação internacional.

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Para entender como se comportou a procura por cada uma dessas modalidades de ensino, o STB mostra que se tratando de Higher Education (graduação e pós), os destinos mais procurados foram EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda e Austrália.

Já para os cursos de idiomas, despontaram os seguintes países: Canadá, EUA, Austrália, Inglaterra e Irlanda.

Quando se trata de cursar o High School (ensino médio) fora do país, em 2022, os brasileiros se interessaram por destinos como EUA, Canadá, Inglaterra e Austrália.

“Com as fronteiras abertas e diminuição de barreiras para ir ao exterior, as pessoas retomaram seus projetos anteriores e voltaram a investir na educação internacional a fim de construir um currículo global e ampliar as oportunidades de atuação para além do Brasil”, comenta Christina Bicalho, vice-presidente do STB, cuja meta é ampliar em 25% seu número de lojas pelo Brasil neste ano.

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Especializações ESG no exterior

Com novas profissões e áreas de atuação surgindo dentro das empresas, cada vez mais brasileiros estão buscando especializações e cursos de pós-graduação no exterior em áreas que ainda não têm muita oferta de cursos no Brasil. Neste contexto, destacam-se áreas como ESG e tecnologia, que em 2022 já registraram uma alta de 80% e 35%, respectivamente, quando comparado ao ano de 2019.

“É importante destacar que o ESG é uma das profissões do futuro. No Brasil, ainda temos pouca oferta de cursos voltados a essa área. No entanto, cada vez mais as empresas precisam de pessoas qualificadas para assumirem posições estratégicas”, afirma Bicalho.

Austrália como tendência 2023

Ainda segundo o STB, a Austrália deve despontar como o principal destino em 2023 em razão de o país ter um clima tropical muito parecido com o do Brasil, economia forte – com o maior salário-mínimo do mundo, mercado de emprego promissor que hoje sofre com falta de mão de obra qualificada, além da possibilidade que oferece ao estudante de adquirir cidadania australiana.

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“Após cursar um programa VET (Vocational Educational Training) ou um curso profissionalizante no país, é facilitada a inserção do estudante brasileiro no mercado de trabalho australiano. Além disso, estudantes internacionais são autorizados a trabalhar no país ao se matricularem em cursos de idiomas a partir de 14 semanas de duração”, explica Bicalho.

Canadá segue em alta

O Canadá também está entre os destinos mais procurados para cursos de graduação e pós, principalmente por conta das oportunidades de trabalho. A quantidade de vagas de empregos abertas no país só aumenta: em 2022, foram mais de 915 mil vagas em aberto, segundo o Statistics Canada.

Ainda segundo o STB, houve, nos últimos anos, um aumento significativo em termos de vendas e de embarque de brasileiros para esses programas de graduação e pós. Em 2019, o crescimento foi de 20% em relação a 2018. Em 2020, no auge da pandemia, subiu para 10%. Em 2021, o crescimento foi de 90%, este causado, em boa parte, por conta da reabertura das fronteiras. Em 2022, essa demanda atingiu 30% em relação a 2021. Para 2023, a expectativa é de um aumento de 20%.

Canadá
Canadá. Foto: Garrett Parker | Unsplash

Um dos principais incentivos para este destino é o fato de que o visto de estudante emitido no Brasil para cursos de graduação e pós-graduação no Canadá dá permissão para trabalhar durante e após a conclusão do curso, um possível caminho para migrar de forma permanente. Sem deixar de mencionar que, desde novembro de 2022, o governo canadense suspendeu a restrição de horas de trabalho permitidas para estudantes internacionais matriculados em cursos de nível superior. Anteriormente, o limite era de 20 horas de trabalho semanais durante o período de aulas e 40 horas nas férias.

O país permite também levar dependentes, sendo que o cônjuge pode trabalhar e os filhos com mais de cinco anos têm direito a escola gratuita. Além disso, o dólar canadense tem um valor abaixo do dólar americano e da libra esterlina. O custo de vida um pouco mais acessível torna o país um dos melhores custos-benefícios para os estudantes.