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Falta de ânimo e mau humor podem estar ligados à dieta

Nutricionista fala da relação entre os alimentos e as emoções – gordura saturada, açúcar e falta de fibras merecem atenção especial

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Foto: Jamie Brown | Unsplash

A vida agitada, a falta de tempo para se cuidar e o excesso de preocupações podem desencadear quadros de estresse e ansiedade. A irritabilidade, a falta de ânimo e outros sintomas fazem parte deste quadro e podem prejudicar nossa qualidade de vida. Mas, é importante lembrar que o corpo e a mente estão conectados e que, para um corpo saudável, precisamos nos alimentar bem. Uma alimentação ruim está relacionada a sinais físicos como fraqueza, dor muscular e indisposição e também a alterações emocionais e de humor – está tudo relacionado!

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Entenda a conexão “intestino-cérebro”

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Para os pesquisadores, explicação pode estar na motivação que leva à adoção de diferentes tipos de dietas. Foto: Counscious Design | Unsplash

“Os padrões alimentares influenciam a atividade do intestino e do sistema nervoso central através de compostos dietéticos, como vitaminas, minerais, gorduras boas e compostos bioativos. Por isso, é importante prestar atenção aos ingredientes consumidos”, explica a nutricionista e consultora da marca de alimentos naturais Jasmine, Adriana Zanardo. A especialista destaca que o corpo humano precisa de muitos nutrientes para o funcionamento adequado, na variedade e quantidade adequadas.

Os estudos científicos mostram que um padrão alimentar com maior predominância de gordura saturada e açúcar, e com baixas quantidades de fibras pode influenciar negativamente a chamada “microbiota intestinal”, que se relaciona com o cérebro, influenciando o humor. A nutricionista esclarece ainda que “existe um eixo chamado ‘intestino-cérebro’, onde, de acordo com a quantidade e qualidade da dieta, são produzidos e liberados pela microbiota variados tipos de substâncias que se comunicam com o cérebro, influenciando na capacidade cognitiva e no humor”.

Dessa forma, podemos considerar que o bom funcionamento do cérebro, e, consequentemente, a regulação do humor, depende parcialmente, da alimentação diária.

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Foto: Ella Olsson | Unsplash

“Vale destacar que o excesso de calorias pode prejudicar a capacidade cognitiva e o funcionamento dos neurônios. Da mesma forma, a ingestão de calorias muito abaixo do recomendado também pode ser negativa, aumentando o risco de deficiência de nutrientes relevantes para a saúde”, orienta a nutricionista. Vale lembrar que as calorias vazias são aquelas presentes em alimentos com um alto valor calórico e um baixo valor nutricional, sendo os alimentos ultra processados um bom exemplo.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas, com índice de 9,3% da população. Assim, é de extrema importância conhecer mais sobre os benefícios da alimentação saudável como um método de cuidado preventivo para depressão, ansiedade, Transtorno do Déficit de Atenção, Hiperatividade (TDAH), Doença de Alzheimer (DA) e outras condições.

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Foto: iStock

Mas atenção: a falta de nutrientes e vitaminas específicas também pode comprometer o desenvolvimento cognitivo e a saúde mental, podendo levar a um quadro depressivo, por exemplo. Quando o organismo sente a falta de um nutriente essencial, como o folato, conhecido popularmente como vitamina B9, pode surgir o impacto negativo na capacidade individual de aprendizagem e memorização. Por sua vez, esse mesmo componente, em conjunto com outras vitaminas, como B6 e B12, apresenta excelente atividade antioxidante e anti-inflamatória, impactando, positivamente no funcionamento do cérebro.

Bom humor: dicas para um cardápio adequado

Um cardápio completo e rico em nutrientes conta com a predominância dealimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais como aveia e quinoua, leguminosas como feijão, lentilha e grão de bico, e oleaginosas, como gergelim, semente de girassol e semente de abóbora.

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As oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas são boas fontes de ômega 3. Foto: PIxabay

Linhaça, chia e oleaginosas, como castanha de caju e castanha-do-pará, são alimentos enriquecidos com ômega-3. Esse nutriente possui ação anti-inflamatória e antioxidante, contribuindo para os processos de aprendizado, memória, humor e sensação de bem-estar. Os estudos científicos destacam ainda que o consumo diário desses itens pode cooperar com a saúde mental.

As vitaminas B6 e B9 são encontradas em vegetais verdes escuros como brócolis e espinafre, cereais integrais (aveia, quinoa), oleaginosas (castanhas e sementes) e alimentos de origem animal (ovo, peixe etc.). Já a vitamina E, está presente principalmente em oleaginosas (castanhas e sementes).

Adeus, mau humor!

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Foto: iStock

Após entender um pouco mais sobre as conexões entre corpo e mente, e o impacto da alimentação saudável, confira 5 dicas práticas para viver com mais equilíbrio e felicidade.

  1. Durma por, no mínimo, 7 horas seguidas (pensando em quantidade e qualidade de sono);
  2. Pratique atividade física por, pelo menos, 3 vezes na semana;
  3. Hidrate-se bem (calcule 35ml de água por cada quilo para chegar na quantidade diária de água recomendada para adultos saudáveis);
  4. Invista em boas relações pessoais e sociais sem se esquecer de fazer atividades que lhe causem prazer, como ouvir música, ler um livro, assistir uma série nova, entre outras;

Mantenha contato com a natureza, mesmo que por poucos minutos. Atividades como tomar sol e pisar na grama são satisfatórias e fazem bem à saúde.