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Rede Origens Brasil conecta consumidores e povos da floresta

Nova plataforma impulsiona a gestão da produção na floresta com transparência e conecta produtores, empresas e consumidores

produtos da floresta rede origens brasil
Produtos comercializados pela Rede Origens Brasil. Foto: Luiz Cunha

Conservar a floresta em pé, fortalecendo a economia da sociobiodiversidade na Amazônia, garantindo os direitos e o protagonismo de povos indígenas e populações tradicionais, junto com propostas de inovação, com a implementação de novas tecnologias. A rede Origens Brasil foi criada com este objetivo e hoje promove negócios sustentáveis na Amazônia em áreas prioritárias de conservação, com garantia de origem, transparência, rastreabilidade da cadeia produtiva e promovendo o comércio ético.

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Os produtos que têm o selo da rede podem ser rastreados e são selecionados pelo seu impacto positivo, social e ambiental. Administrada pelo Imaflora, a Origens Brasil® opera em cinco grandes territórios da Amazônia – Xingu, Norte do Pará, Rio Negro, Solimões e Tupi Guaporé – e conecta populações tradicionais, povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas, organizações de apoio, associações, cooperativas e médias e grandes empresas.

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Imagem: Reprodução | Origens Brasil

A novidade para 2023 é a nova versão da plataforma digital para impulsionar a estruturação de relações comerciais transparentes e com rastreabilidade, proporcionando maior segurança de dados e integração com o trabalho de campo, oferecendo uma visão mais próxima da realidade das comunidades produtivas e do impacto real dos projetos de bioeconomia.

A plataforma é um sistema inovador de garantia e rastreabilidade, baseado na construção em conjunto com organizações de apoio e comunidades. Toda a atualização se deu através de relacionamentos duradouros e metodologias próprias, com o apoio de especialistas. O resultado favorece produtores no planejamento a fazerem a gestão produtiva de economias como castanha-do-brasil, a borracha natural, a copaíba, o cumaru, o pirarucu, a arte indígena e o babaçu.

 

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Produtos da Floresta. Foto: Luiz Cunha

“A plataforma é uma aliada para as organizações e instituições de apoio, pois a partir dela é possível mostrar que a economia da floresta existe e é próspera. Agora que a economia da sociobiodiversidade está ganhando espaço na política, é essencial falar da rastreabilidade dessas cadeias produtivas, como forma de garantir um produto que mantém a floresta em pé e informações para o combate ao desmatamento. Parte dos dados também está disponível para o público e pode se tornar insumos para tomadas de decisão e criação de políticas públicas nos territórios amazônicos”, explica Mariana Finotti, Analista de inteligência de dados da rede Origens Brasil.

A rede Origens Brasil atua como um sistema de garantia baseado em quatro pilares:

1. Origem e Rastreabilidade

Para os povos da floresta, o uso da tecnologia digital começa com a inserção dos dados primários a respeito dos produtos, como valores e volumes de produção e comercialização, bem como sobre os produtores e o território. Tudo é verificado por uma equipe técnica da rede Origens Brasil.

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Nesse processo de estruturação de cadeias produtivas e em sua relação com o sistema, as comunidades locais contam com as instituições de apoio para fazerem o cadastramento. As empresas que fazem parte da rede acessam, então, o mesmo sistema onde os dados primários foram inseridos pelos produtores. Com a plataforma, elas ganham visibilidade da produção, garantia de origem, e reduzem o risco reputacional a partir da rastreabilidade, além disso facilita a relação comercial de forma direta e ética.

Para os consumidores, a tecnologia permite consultar informações sobre os povos produtores a partir do QR Code com numeração exclusiva, ou diretamente no site origensbrasil.org.br. Dessa maneira, é possível informar as pessoas sobre o território e as histórias por trás de cada produto, bem como dar visibilidade aos serviços socioambientais dos povos tradicionais, selando o compromisso com a transparência de ponta a ponta.

2. Monitoramento de Resultados e Impactos

O monitoramento de resultados e impactos da rede Origens Brasil contém 15 indicadores e foram desenvolvidos pelo grupo NSC (Natureza Sociedade e Conservação) junto com diversos atores, inclusive, membros da própria rede. Por meio de um aplicativo, também desenvolvido internamente, são feitas entrevistas em campo abrangendo questões sociais, como a situação das mulheres e jovens, e a conservação dos recursos naturais. Essas informações são captadas e integradas ao sistema.

“A construção científica da metodologia dos indicadores de impacto foi iniciada em 2014  com a participação ativa de membros da rede e especialistas na temática. A coleta de dados começou em 2017 e atualmente reconhecemos que temos um sistema inovador e participativo, capaz de traduzir o impacto da rede Origens Brasil, bem como identificar as melhorias necessárias para cada território”, explica Finotti.

3. Promoção do comércio ético 

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Imagem: Reprodução | Origens Brasil

O terceiro pilar do sistema de garantia que está integrado no mesmo sistema digital é a promoção do comércio ético dentro da rede dentro da rede, sendo a avaliação de relações comerciais um dos recursos usados pela rede. A avaliação é feita por meio de entrevistas anuais com instituições e empresas para medir a qualidade dessas relações comerciais.

A partir das entrevistas, os dados são registrados e cruzados com as informações presentes na plataforma, para revisão e confirmação. Além disso, são interpretados por profissionais especialistas, para certificar que as relações estão dentro dos critérios de comércio ético da rede Origens Brasil®.

4. Governança

Por fim, todos os pilares são amarrados pela tecnologia social. O movimento de integração de um território à rede provoca a formalização e organização local, por meio da identificação de lideranças que passam a compor o comitê territorial. A organização em rede e a responsabilidade compartilhada são os princípios da tecnologia social empregada no sistema de governança da rede Origens Brasil, que é composta pelos comitês territoriais de cada área de atuação, pelo comitê de empresas e pelo conselho gestor da administração da rede. O resultado é um sistema de garantia inovador, que já foi premiado pela Organização das Nações Unidas na categoria A do Prêmio Inovação para a Agricultura e Alimentação Sustentável.

“A tecnologia é colocada a serviço da floresta em pé e de seus povos e deve ser adaptada às suas necessidades. Acreditamos que com essa nova versão da plataforma demos um grande passo adiante, que vai permitir escalar ainda mais a rede e esse comércio ético tão importante para a região”, diz Finotti.

bioeconomia Pará
Foto: Reprodução | “Bioeconomia da sociobiodiversidade no estado do Pará”