‘Floresta no Centro’ é inaugurada em São Paulo
Loja do Instituto Socioambiental traz produtos e saberes dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas para dentro da cidade
Loja do Instituto Socioambiental traz produtos e saberes dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas para dentro da cidade
Quem vive em São Paulo ganhou mais uma chance de conhecer a realidade e a produção de povos indígenas e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas sem sair da cidade. O Instituto Socioambiental (ISA) inaugura nesta sexta-feira, dia 26 de agosto, sua ‘Floresta no Centro’, onde vai funcionar uma loja e espaço de eventos.
A loja fica na segunda sobreloja da Galeria Metrópole, na Praça Dom José Gaspar, centro da capital paulista. Quem passar por lá vai poder conhecer e levar para casa produtos como a Pimenta Baniwa, Cogumelo Yanomami, Castanha-do-Pará Vem do Xingu, Banana Chips Quilombola, além de cerâmicas e cestarias indígenas, entre outros exemplos de uma economia do cuidado com as florestas.
O espaço vai apresentar aos visitantes produtos, saberes e os modos de vida de indígenas, ribeirinhos e quilombolas – uma inspiração para um futuro socioambientalmente justo.
A ‘Floresta no Centro’ vai ficar aberta abre de segunda à sexta, das 9h às 18h. Quem não estiver em São Paulo ou não puder ir à loja física, pode conhecer e comprar os produtos pelo site do ISA.
Estudo recente publicado pelo ISA mostrou que esses povos e suas economias são responsáveis, juntos, pela proteção de um terço das florestas no Brasil. Nos últimos 35 anos, somente as Terras Indígenas protegeram 20% do total de florestas nacionais.
O evento de abertura acontece às 18h do dia 26 de agosto com um bate-papo sobre o livro O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. Participam a autora, a antropóloga Hanna Limulja, e a especialista em biodiversidade do ISA, Nurit Bensusan. A obra, publicada pela UBU Editora, foi lançada em parceria com o ISA e a Hutukara Associação Yanomami.
No mesmo dia, haverá comercialização de produtos de parceiros indígenas, ribeirinhos e quilombolas do ISA, de territórios no Xingu, entre o Mato Grosso e o Pará, no Rio Negro, que abrange parte do Amazonas e Roraima e no Vale do Ribeira, em São Paulo, bem como de publicações da organização e de parceiros que são parte da história da defesa dos direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais no Brasil.