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Natura fomenta bioeconomia para conservar a Amazônia

Com o Programa Natura Amazônia, companhia já contribuiu para conservar 2 milhões de hectares e fortalecer comunidades locais

ucuuba amazônia
A ucuubeira era usada para fabricar cabos de vassoura e estava à beira da extinção. Hoje, a ucuuba é usada para fabricação de cosméticos e cada árvore preservada gera uma renda três vezes maior para as comunidades. Foto: Maurício Mercadante | Flickr

O Dia da Terra, celebrado em 22 e abril, foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar sobre a importância de proteger, conservar e regenerar o meio ambiente para as gerações futuras. Infelizmente, dados recentes revelam que o desmatamento ainda é uma ameaça a uma das regiões mais importantes para a sobrevivência da vida na Terra: a Amazônia, que desempenha um papel crucial na regulação do clima global, na manutenção da biodiversidade e no modo de vida de povos e comunidades tradicionais.

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Um estudo recente publicado na revista científica Science, e divulgado na plataforma PlenaMata, aponta que 38% da floresta amazônica já sofre algum tipo de degradação – entre os principais fatores, encontram-se o fogo, a extração ilegal de madeira, o efeito de borda e as secas extremas causadas pelas mudanças climáticas, que podem contribuir com a degradação de até 70% da região remanescente nas próximas duas décadas, caso não sejam tomadas medidas para reverter esse caminho.

desmatamento na Amazônia
Monitoramento de Desmatamento e Queimadas na Amazônia em 2022. Foto: Christian Braga | Greenpeace Brasil

“Uma das estratégias fundamentais para reverter o atual cenário está baseada no fomento à bioeconomia da sociobiodiversidade, agenda atrelada à economia verde e de baixo carbono, em conjunto com o fortalecimento e a valorização de povos e comunidades tradicionais e que pode ser liderada pelo Brasil”, pontua Priscila Matta, gerente de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina.

O trabalho da Natura com a bioeconomia da sociobiodiversidade na Amazônia começou há mais de 20 anos, desde o lançamento da linha Ekos, mas foi a partir de 2011, com a estruturação do Programa Natura Amazônia (PAM), que a região se consolidou como um vetor de inovação, negócios sustentáveis e referência para a promoção de desenvolvimento local para a companhia. Nesse momento, a Natura fortaleceu e ampliou o modelo de relacionamento com as comunidades agroextrativistas. “O objetivo é que as cooperativas e as famílias prosperem, produzam riqueza localmente, promovam o desenvolvimento social combinado com a conservação e regeneração ambiental”, detalha Priscila. Hoje, mais de 9,1 mil famílias integram as comunidades agroextrativistas amazônicas que se relacionam com a empresa.

patauá
Sacos de patauá. Foto: Natura

“O Programa Natura Amazônia é a frente estruturante da causa Amazônia Viva e se baseia em três eixos: ciência, tecnologia e inovação, cadeias produtivas, e fortalecimento institucional, baseado na contribuição com o desenvolvimento local. Dessa forma, além de ser um modelo de desenvolvimento econômico que contribui para a manutenção da floresta em pé e compartilha riqueza, gera também enorme impacto social”, explica a gerente. Até o momento, em parceria com as comunidades e parceiros locais, a Natura contribuiu para conservar 2 milhões de hectares de floresta e pretende ampliar esse número para 3 milhões até 2030.

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Natura Amazônia
Foto: Reprodução | Natura

Ao longo dos últimos anos, no pilar de fortalecimento institucional, com foco nas organizações locais e nas cadeias da sociobiodiversidade, a Natura apoia iniciativas de fortalecimento da gestão e organização de cooperativas e associações e de empreendedorismo nas comunidades, contando com a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Conexsus, por exemplo.

“Ao longo dos anos, temos fomentado os negócios comunitários focados em alavancar a bioeconomia da sociobiodiversidade por meio de auxílio técnico e em gestão, transferência de tecnologia, instalação de agroindústrias em comunidades, como a primeira agroindústria de beneficiamento de óleos essenciais em comunidades do Brasil, que foi construída em parceria com a Associação dos Produtores e Produtoras Rurais da Comunidade de Campo Limpo (Aprocamp), no Pará. Além disso, a Natura apoiou iniciativas de inclusão digital e aplicou o IPS – Índice de Progresso Social nos territórios do Médio Juruá, Baixo Tocantins e Tapajós como uma forma de acompanhar esse processo”, acrescenta Priscila.

Em 2022, o mecanismo financeiro “Amazônia Viva”, desenvolvido pela Natura em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e a Vert Securitizadora, foi um dos 11 projetos de impacto positivo selecionados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para receber recursos por meio de um edital de blended finance. O mecanismo busca fortalecer organizações, negócios e a bioeconomia amazônica a partir de um modelo que alia valorização da sociobiodiversidade, conservação ambiental, geração de renda e fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais.

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Patauá e Ucuuba: conhecimento tradicional, ciência e logística

sacas de patauá
Entrega de patauá para fabricação de produtos. Foto: Natura

O modelo de negócios praticado pela Natura comprova que soluções baseadas na natureza são viáveis, tanto do ponto de vista técnico quanto comercial, contribuindo com as populações locais com alternativas mais atraentes frente a outras atividades econômicas que possam vir a causar impactos negativos. A cadeia de patauá é um bom exemplo disso.

patauá
Foto: Reprodução | Natura

Em meio à rica biodiversidade, emerge do coração da Amazônia a frondosa palmeira de 25 metros de altura. Seus cachos são capazes de sustentar de 400 a 4 mil frutos, que pendem do topo como rabos-de-cavalo. Da polpa do patauá, extrai-se um líquido rico em ácidos graxos, semelhante ao óleo de oliva e com altíssima qualidade para acelerar o crescimento dos fios de cabelo, deixando-os mais fortes e resistentes, da raiz às pontas.

O potencial cosmético do bioativo foi notado pela Natura ao observar que as mulheres da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, faziam um bálsamo para os cabelos com o fruto. Desde então, a empresa se aprofundou nesse conhecimento tradicional e, a partir dele, estabeleceu um projeto de pesquisa e inovação na região que culminou com a criação da nova linha Ekos Patauá. Seus produtos utilizam toda a potência da espécie para trazer benefícios capilares como a capacidade de manter os cabelos por mais tempo em sua fase de crescimento, resultando em fios maiores e mais firmes.

máscara de patauá
Foto: Divulgação | Natura

A complexidade na logística do patauá é outra característica marcante dessa cadeia de fornecimento. Cada palmeira chega a produzir até três cachos por ano, cada um com peso médio de 16kg. Em campo, os times de Pesquisa e Desenvolvimento e da Gerência de Relacionamento e Abastecimento da Sociobiodiversidade da Natura (GRAS) orientam os agroextrativistas a colherem até 60%, deixando o restante para regeneração do bioma e alimentação de animais. Para a coleta, a Natura desenvolveu uma cadeira especial que permite escalar a palmeira, de forma segura para o agricultor e sustentável para a floresta, pois não danifica a árvore.

ucuuba
Foto: Reprodução | Natura

Outro exemplo da riqueza da sociobiodiversidade é a ucuuba, presente em produtos de Ekos como hidratante e esfoliante corporais, uma espécie típica da Amazônia que estava à beira da extinção porque era usada para a fabricação de cabos de vassoura. Estudos da Natura comprovaram que a safra anual de uma ucuubeira preservada gera uma renda três vezes maior para as comunidades do que a exploração madeireira.

manteiga de ucuuba natura
Foto: Reprodução | Natura

“Isso se dá porque a extração das sementes pode ser feita por dez anos, enquanto a derrubada das árvores ocorre apenas uma vez. Ou seja, é um modelo de negócio que prova que a floresta em pé vale muito mais do que derrubada”, finaliza Priscila.