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Integração lavoura-pecuária é opção sustentável para produção rural

Sustentabilidade agora é a palavra de ordem na fazenda Santa Brígida, em Goiás. O sistema, que mescla agricultura e pecuária, implantado na propriedade, é exemplo e pode solucionar o problema com a falta de terras destinadas às duas atividades.

Sustentabilidade agora é a palavra de ordem na fazenda Santa Brígida, localizada no interior de Goiás. O sistema, que mescla agricultura e pecuária, implantado na propriedade, é exemplo para outros locais e pode solucionar o problema com a falta de terras destinadas às duas atividades. Além do benefício financeiro, a combinação descarta a necessidade de desmatar áreas florestadas.

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A produção agrícola e também a pecuária são constantemente responsáveis por grandes áreas desmatadas e, segundo estudos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo, somente as mudanças de terra e a agricultura, representam juntas 60% das emissões de gases de efeito estufa de todo o território brasileiro.

No entanto, este cenário e todo o impacto ambiental gerado por ele podem ser transformados. Uma das saídas para isto é a integração entre agricultura e pecuária, como comprova a experiência bem sucedida da fazenda santa Brígida.

O sistema consiste em uma rotação constante entre o uso da terra em uma determinada propriedade. Dessa forma, os hectares são divididos em áreas iguais, inicialmente destinadas à pastagem e à produção agrícola, que normalmente é composta por plantações de milho, soja e arroz, juntamente com capim. As culturas diferentes crescem juntas. Assim, quando o pasto já não é suficiente para alimentar o gado, é feita a colheita e os animais vão se alimentar onde antes era a plantação. Isso recupera as pastagens degradadas e ainda permite o lucro do produtor rural através da agricultura.

Na fazenda goiana, em 600 hectares são produzidos 35 mil sacas de milho, 20 mil de soja e o capim ainda serve de alimento para 550 bois. O retorno financeiro é garantido e o sistema é ainda mais econômico que o tradicional, conforme explica o engenheiro agrônomo João Cuthcouski, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), ao Globo Rural: “Pelos métodos tradicionais, a formação do pasto é muito cara, que exige insumos e sementes. Para pagar esses investimentos com a arroba de boi, via de regra, não é fácil e, muitas vezes, é impossível. O grão é uma resposta rápida. Em quatro meses, há liquidez”.

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O gerente da fazenda, Anábio Ribeiro, explica que a medida permite que o gado engorde somente com o capim. Isso gera uma economia financeira de R$ 5 a R$ 6, por dia, sobre cada animal. A integração também melhora a qualidade do solo, reduzindo os gastos com fertilizantes e deixando-o mais protegido de pestes, comuns às lavouras tradicionais. Com o aval da Embrapa, a fazenda está testando adicionar também a produção de eucalipto ao sistema, como forma de obter lucros, através da produção de energia.

Muitos produtores ainda não enxergam com bons olhos a miscigenação entre as atividades. Porém, essa é uma boa oportunidade para reduzir as áreas desmatadas, já que com a produtividade sempre em alta e o solo mais forte não é necessário expandir a produção para áreas florestadas, que são normalmente desmatadas para servirem como pasto ou lavoura. Os especialistas garantem que se isso fosse feito nas áreas que hoje já servem para a produção rural, a floresta amazônica e outras áreas preservadas, poderiam permanecer intactas. Com informações do Globo Rural.

 Redação CicloVivo

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