Manual ensina a fazer composteira de baldes e de chão

Para onde vão os restos de comida e as cascas de frutas da sua residência? E as folhas e galhos do quintal? Se tudo isso vai parar no balde de lixo saiba que você está perdendo valiosos materiais que podem ser transformados em ricos adubos para plantas. É o que mostra o Manual de Compostagem produzido pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP.

Tendo pouco ou muito espaço em casa, é possível inserir o processo de compostagem em seu cotidiano. A depender justamente da área disponível, duas opções básicas para aplicar a técnica são a composteira feita em baldes e a composteira feita diretamente no chão. De forma simples e didática, a publicação da USP traz o passo a passo de cada uma.

O Manual de Compostagem ensina ainda o que é compostagem, quais resíduos podem ser colocados na composteira e quais não são permitidos – sob pena de atrair vetores desagradáveis como insetos, entre outros problemas. A publicação também traz dicas de como manter a umidade adequada durante o processo e a importância do local onde será instalada a composteira.

O material foi produzido a partir do projeto Compostagem Com Ciência, iniciado em 2021 em escolas da cidade de São Carlos, município de São Paulo. Baixe gratuitamente o Manual de Compostagem aqui.

Compostagem para todos!

Para entender a importância da compostagem, vamos a alguns dados. Cerca de metade do nosso lixo doméstico são resíduos orgânicos. Segundo dados do Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2021, da Abrelpe, cada pessoa que vive no Brasil gera, em média, um pouco mais de um quilo de lixo por dia.

Em São Paulo, a cidade mais populosa do país, são mais de 20 mil toneladas de resíduos enviados todos os dias para dois aterros sanitários. Desse total, 60% poderiam ser compostados (lixo residencial, restos de feiras, podas de árvores, entulho, etc). Apenas os resíduos domiciliares coletados somam quase 10 mil toneladas por dia.

Fazer a compostagem em casa reduz a quantidade de todo esse resíduo orgânico que é enviado para aterros sanitários ou, pior, para aterros irregulares – os chamados lixões. Quem deseja atuar com a compostagem em maior volume, pode ainda conhecer outros materiais gratuitos que o CicloVivo já compartilhou. É o caso do guia para compostagem comunitária, desenvolvido pela Prefeitura de Florianópolis, e do manual para compostagem em condomínios, do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal.