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Nude e positiv.a se unem em campanha de logística reversa

Para impulsionar economia circular, marcas ecológicas terão coleta de embalagens em pontos de venda comuns

positiv.a nude reciclagem
Foto: Divulgação | positiv.a / Nude

Com população superior a 210 milhões de habitantes, o Brasil gera 81,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), referente a 2022. Desse número, apenas 4% é reaproveitado ou reciclado, mesmo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prestes a completar 13 anos, em agosto de 2023.

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A lei Federal 12.305, que instituiu a PNRS, foi vista como um marco na gestão de resíduos sólidos, com regras sobre a responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes sobre os resíduos deixados pelo consumo dos produtos. No entanto, a implementação e operacionalização ficou a critério de acordos setoriais.

Contudo, com exceção de alguns setores, como os de pilhas, baterias, pneus e óleos lubrificantes, nem todas as empresas assinaram acordos setoriais federais. O mais importante acordo setorial, o das embalagens, que permeiam diferentes segmentos, não avançou. Seguindo sem uma previsão da entidade gestora sobre a obrigação das indústrias, distribuidoras e comerciantes de embalagens.

nude reciclagem
Foto: Facebook | Nude

Apesar disso, algumas marcas têm avançado na preocupação com o ciclo dos produtos, e se preocupam cada vez mais com o estímulo ao consumo consciente, ao reforçar a importância de reaproveitar e reciclar as embalagens após o consumo. Parte dessa movimentação se deve ao estímulo dos próprios consumidores, onde 91% preferem consumir de marcas que façam escolhas conscientes para o meio ambiente, segundo um levantamento realizado pela Microsoft Advertising em parceria com a Dentsu Internacional.

cotonete de papel
hastes ecológicas, sem plástico. Um dos produtos da positiv.a. Foto: Divulgação | positiv.a

Entre os cases desse mercado, destacam-se as marcas ecológicas positiv.a, de produtos para limpeza e autocuidado feitos à base de plantas, e a Nude, foodtech que produz alimentos à base de aveia – as duas empresas são certificadas com o Selo B, que reconhece negócios que atendem aos altos critérios de responsabilidade social e ambiental, equilibrando lucro e propósito.

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Em abril, a positiv.a e a Nude se uniram em uma campanha de logística reversa de embalagens e inauguram 3 locais para coleta de resíduos positiv.a e Nude, em pontos de venda comuns de ambas as marcas. São eles: Instituto Chão, Instituto Feira Livre e Kineo.

Inicialmente disponíveis na região central de São Paulo, os pontos de coleta são gerenciados pela Musa, serviço de gerenciamento de resíduos que garante 100% de reúso para todos os resíduos e neutralização de carbono. Considerando que a positiv.a utiliza papéis reciclados nas embalagens, com zero plástico em algumas e outras com plásticos retirados do meio-ambiente, esse pode ser considerado um grande avanço para a atuação da marca em todo o ciclo de vida dos produtos e embalagens.

logística reversa
Foto: Divulgação | positiv.a

Marcas ecológicas

“Os clientes da positiv.a sempre perguntam sobre destino de embalagem e nossa grande bandeira é a Economia Circular. Materializar esse projeto é um sonho antigo e esse é o início de um pedacinho regional do que queremos alcançar no Brasil, esse país de tamanho continental. A proporção do país dificulta o financiamento dos projetos de logística reversa total das empresas, por isso a junção de marcas para unir esforços e encontrar soluções é um caminho que acredito demais”, comenta Marcella Zambardino, cofundadora e Diretora de Impacto da positiv.a.

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produtos positiv.a
Foto: Divulgação | positiv.a

Para ela, repensar a logística reversa das embalagens é responsabilidade de todas as marcas, mas consequentemente marcas de produtos ecológicos têm uma responsabilidade mais evidente com a economia circular.

Comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e suas metas de mitigação climática, a foodtech Nude foi a primeira marca da América Latina a calcular todas as etapas da cadeia produtiva e estampar a pegada de carbono na embalagem – a destinação das embalagens representou, em 2022, 20% das ‘Pegadas de Carbono’ da Nude.

nude produtos
Foto: Facebook | Nude

“Ao destinar corretamente as embalagens para a reciclagem, é possível reduzir este impacto. Por isso, por meio desta iniciativa, também conseguimos expandir a coleta e a destinação correta das embalagens, amplificando pontos de entrega voluntária-PEV e o diálogo sobre o tema com nossos consumidores. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as empresas são responsáveis por 22% de reciclagem das embalagens pós consumo, mas a Nude se responsabiliza por 100% delas”, explica Mariana Spignardi, diretora de sustentabilidade da marca.

Ainda segundo o levantamento da Abrelpe, cerca de 40% de todos os resíduos do país, atualmente, são destinados a aterros controlados ou lixões a céu aberto, locais inadequados. Se outras marcas não se posicionarem e anunciarem ações efetivas de logística reversa, dados como os divulgados em Davos, no Fórum Econômico Mundial, que apontaram que em 2050 serão mais plásticos do que peixes nos Oceanos, se tornarão realidade.

embalagem positiv.a
Foto: Divulgação | positiv.a