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5 caminhos para o consumo consciente

Numa época de tantos desafios, é urgente refletir sobre o impacto das nossas ações na sociedade e no meio ambiente

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Foto: iStock

Os últimos anos têm mostrado que, mais do que nunca, é preciso repensar o impacto que estamos provocando no planeta. Pandemia, mudanças climáticas, fome, problemas sociais e de saúde, espécies ameaçadas – inclusive a nossa… Tudo isso tem relação com a ação humana na Terra e as nossas escolhas individuais e coletivas. Entre estas escolhas, estão o nosso modo de consumir e a necessidade urgente de um consumo consciente!

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As tendências para a prática do consumo consciente em 2022 estão justamente relacionadas aos grandes desafios que temos pela frente. Temos pouco tempo para mudar um cenário bem complicado. O Instituto Akatu separou algumas dicas que podem ser adotadas por todo mundo. Vamos juntos?

Consumo consciente já!

lei americana desmatamento
Foto: Peter Bond | Unsplash

1. Estilos de vida de baixo carbono

À medida que a crise climática se torna cada vez mais urgente, muitas pessoas passam a compreender melhor a importância da adoção de hábitos diários que ajudam a combatê-la.

De acordo com o relatório 10 Principais Tendências Globais de Consumo 2022, desenvolvida pela Euromonitor, 67% dos consumidores do mundo tentaram causar um impacto positivo no meio ambiente por meio de suas ações cotidianas no último ano.

Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021, desenvolvida pelo Akatu em parceria com a GlobeScan, destaca a percepção por parte dos brasileiros de que nosso estilo de vida tem impacto na crise climática e de que estamos diante de um desafio enorme. No Brasil, 86% das pessoas deseja reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza.

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Para reduzir o impacto do seu consumo, é necessário fazer escolhas mais sustentáveis, como reduzir o consumo de plástico de uso único, preferir produtos biodegradáveis, evitar o desperdício de alimentos, separar resíduos para reciclagem e optar por transportes que utilizam energia limpa.

Na hora de comprar, pesquise bem as marcas e empresas que fornecem os produtos e serviços que você vai usar. “Os consumidores estão se conscientizando de sua contribuição individual para o combate das mudanças climáticas. Em 2021, 1/3 dos consumidores globais reduziram ativamente suas emissões e 1/4 usou créditos de carbono para compensá-las”, destaca a pesquisa da Euromonitor. 

2. Comprar usado: uma moda mais barata e sustentável

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Brechós trazem mais sustentabilidade para a moda. Foto: Becca Mchaffie | Unsplash

Muita gente acredita que viver de uma maneira mais sustentável é mais caro. Mas, comprar itens de segunda mão é uma escolha mais sustentável que ainda ajuda a economizar! E está virando moda.

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Um levantamento do Sebrae destaca que no primeiro semestre de 2021 foram abertos 48,58% brechós a mais em relação ao primeiro semestre de 2020, maior crescimento na abertura de novos negócios no comércio de itens usados em seis anos.

“Ao comprar um item usado, o consumidor evita os impactos negativos associados à produção de um novo item colaborando, consequentemente, com a preservação dos recursos naturais. Ele ainda fomenta uma economia mais sustentável, que promove a extensão da vida útil dos produtos, e pode adquirir itens de qualidade por um valor mais acessível”, explica Bruna Tiussu, gerente de comunicação do Akatu.

No The 2022 Instagram Trend Report, primeiro relatório de tendências feito pelo Instagram, 23% dos jovens entrevistados dizem pretender comprar em lojas de segunda mão neste ano, enquanto 24% esperam contribuir para um mercado mais sustentável, vendendo seus bens por meio de lojas online ou de redes sociais.

Tais práticas reforçam as características dos chamados “consumidores comunitários”, identificados no relatório  O Consumidor do Futuro 2022da consultoria WGSN. Em vez de priorizar novidades e lançamentos de grandes marcas ao comprar roupas, o consumidor com esse perfil se interessa por iniciativas e comércios com um viés comunitário e sustentável, entendendo que sua forma de comprar pode gerar impactos positivos na comunidade local.

3. Mais conexão – com a natureza

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Foto: Melissa Askew | Unsplash

Sair dos grandes centros urbanos, desacelerar, viver uma vida mais tranquila, com ar mais puro e um horizonte mais verde e menos cinza… Este tem sido o caminho que muitas pessoas passaram a buscar nos últimos anos. Neste cenário é mais fácil colocar em prática hábitos mais sustentáveis e mais saudáveis.

Em 2021, muitas pessoas deixaram as capitais e se mudaram temporariamente para o interior ou para áreas rurais. Mas a tendência é que isso se torne algo permanente, principalmente com a continuidade (e o sucesso, em muitos casos) do trabalho remoto.

A busca por reconexão com o meio ambiente segue em alta na medida em que as empresas oficializam o home office — o que contribui para a redução do consumo de energia elétrica em escritórios e da utilização de meios de transporte que utilizam combustíveis fósseis.

Segundo a Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021, mais da metade dos brasileiros (55%) pretendem trabalhar mais de casa no pós-pandemia. E, mesmo em áreas urbanas, uma parcela expressiva de moradores deve buscar um contato maior com a natureza, buscando áreas verdes próximas às suas residências e parques, além de priorizar deslocamentos por meio de transportes mais limpos, como bicicleta e metrô.

4. Escolha (também) com o coração

Com a necessidade de uma vida mais equilibrada, a busca por uma combinação saudável entre a vida pessoal e a profissional ganhou força. E nesta busca, descobrir qual é a sua paixão e o seu propósito faz uma diferença enorme.

Em 2015, apenas 12% dos consumidores do mundo priorizaram um tempo para si, o que dobrou para 24% em 2021. Já 42% sentem que podem fazer a diferença a partir das suas ações, como destaca o relatório da Euromonitor. 

No Brasil, a pandemia afetou significativamente prioridades gerais ou o que é pessoalmente importante. As prioridades mudaram para 56% dos brasileiros e este índice cresce ainda mais quando falamos apenas sobre as mulheres: 62% das brasileiras declararam que aquilo que é considerado importante mudou durante a pandemia, segundo a Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021.

“A busca por uma vida conectada com propósito inclui a prática de atividades que impactam positivamente a saúde física e mental das pessoas e o consumo de produtos e serviços que sigam a mesma linha, ou seja, que também gerem impactos positivos ou gerem menos impactos negativos que seus similares”, avalia Bruna Tiussu.

vida feliz
Foto: Pixabay

5. Cuide bem do seu bolso

O estudo Pinterest Predicts 2022, da plataforma de compartilhamento de imagens Pinterest, prevê que a busca por dicas de educação financeira terá um crescimento de 155%, enquanto a procura por dicas de investimento crescerá 195% em 2022.

A ânsia por equilíbrio financeiro é obviamente um reflexo da decorrente crise financeira que atingiu — e ainda atinge — uma parcela significativa da população. De acordo com a pesquisa do Akatu e da GlobeScan, 62% dos brasileiros tiveram sua situação financeira afetada negativamente em 2021 e 70% afirmam que vão passar a economizar mais dinheiro na vida pós-pandemia.   

Economizar dinheiro pode trazer benefícios não só para o bolso, mas para o meio ambiente. Pensar melhor na hora de comprar evita o consumismo e todo o impacto ambiental que ele traz.

Com o consumo mais ligado à consciência das pessoas sobre o seu papel e sobre o papel das empresas em construir um futuro melhor, as marcas também vão investir em desenvolver produtos e serviços que estejam alinhados com o propósito da sustentabilidade.

A economia também significa menos desperdício, outra grande fonte de problemas ambientais com o consumo desnecessário de recursos e descarte irresponsável de resíduos.

Cuidar bem do próprio dinheiro, escolhendo onde vai investir suas economias é um passo importante do consumo consciente. A ideia é que mesmo quando a carteira estiver cheia, as compras continuem sendo feitas com cuidado. Todo mundo sai ganhando!

bancos sustentabilidade
Foto: Pixabay

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