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Mata Atlântica
Foto: Du Zuppani

Na mesma semana em que celebramos o Dia da Biodiversidade, em 22 de maio, e o Dia da Mata Atlântica, assistimos uma tentativa de desmonte na política ambiental brasileira, com ameaças aos povos indígenas e justamente ao bioma Mata Atlântica.

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A Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos do território nacional, é lar de mais de 2 mil espécies de fauna e 20 mil espécies vegetais. Além disso, 72% da população brasileira está concentrada em regiões de seu domínio, e garante o abastecimento de água para mais de 100 milhões de pessoas. Contudo, segue como um dos mais ameaçados biomas do Planeta, constituindo-se em um dos 36 hotspots de biodiversidade (lugares que possuem uma biodiversidade extremamente rica e, ao mesmo tempo, ameaçada de extinção, especialmente pela ação humana).

O bioma foi decretado Reserva da Biosfera pela Unesco e Patrimônio Nacional, na Constituição Federal de 1988 mas, apesar disso, restam apenas pouco mais de 12% da mata original, sendo a floresta mais devastada do país.

Além de lutar para preservar nossas florestas, é importante também celebrar e conhecer toda a sua magnitude. O encantamento é uma forma de conexão e compromisso, que traz benefícios para as pessoas e para todas as formas de vida presentes na natureza. Por isso, uma programação especial foi montada pela Fundação SOS Mata Atlântica para valorizar o Dia da Mata Atlântica.

negócios na Mata Atlântica
Estimular negócios ligados ao turismo em áreas naturais é um dos focos do programa Natureza Empreendedora. | Foto: Fundação Grupo Boticário

São atividades distribuídas em diferentes parques de São Paulo – a maior cidade do Brasil também está na Mata Atlântica e traz várias possibilidades de programação para a data. Todas as atividades são gratuitas, mas ao se inscrever você pode realizar uma contribuição financeira. Lembre-se também de ficar atento às recomendações específicas de cada parque.

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Dia da Mata Atlântica em São Paulo

Parque Villa-Lobos
Parque Villa-Lobos. Foto: Prefeitura de São Paulo

Zona Oeste

  • Parque Anhanguera: Trilha na Mata Atlântica; orquidário; pintura de placas de madeira para sinalização no Parque; plantio de 5 mudas nativas da Mata Atlântica e piquenique. Inscreva-se aqui!
  • Parque Villa-Lobos: Passeio pelo parque para conhecer espécies de árvores da Mata Atlântica e doação de mudas da espécie frutífera Grumixama-amarela. Inscreva-se aqui!

Zona Leste

  • Parque Natural Fazenda do Carmo: Trilha da Preguiça; análise qualidade da água do Ribeirão por meio do kit de monitoramento; maquete dinâmica da mata ciliar para demonstrar principalmente a relação de água e floresta e piquenique. Inscreva-se aqui!

Zona Centro-Sul

parque augusta
Foto: Govesp
  • Parque Augusta: Contação de história “Contos de Bichos Daqui”, com Vivian Catenacci; atividade sensorial na trilha do parque e oficina de hortaliças. Inscreva-se aqui!
  • Parque Trianon: Atividade de vivência na natureza; atividade Natu Contos com uma caça às árvores identificadas (baixe o aplicativo antes de sair de casa!) e saída fotográfica com orientação profissional para registrar as riquezas naturais do Parque – não se esqueça de levar a sua máquina fotográfica, caso tenha uma. Inscreva-se aqui!

Zona Sul

  • Parque Linear São José: Trilha do Sagui; visita a casa abelha sem ferrão; análise qualidade da água do Ribeirão por meio do kit de monitoramento; plantio de 5 mudas nativas e piquenique. Inscreva-se aqui!

Zona Norte

  • Terra indígena do Jaraguá: Trilha Tekoa Yvy Porã e Vivência Guarani: Recepção na Opy (casa de reza); caminhada pela Mata Atlântica; espaço de aprendizagem de criação de abelhas nativas sem ferrão; espaço de aprendizagem de armadilhas de caça Guarani; espaço dos Xondaros (dança e cantos Guarani); encerramento com alimentação típica. Inscreva-se aqui!

Um banho de Mata Atlântica

Mata Atlântica
Foto: Du Zuppani

Para experiências mais imersivas na Mata Atlântica, a plataforma de viagens online Hurb listou parques que podem – e devem! – ser visitadas em diversos estados brasileiros.

No Rio de Janeiro, o Parque Nacional da Tijuca trabalha com projetos de conscientização ambiental, que educam sobre a importância da conservação da natureza para a manutenção da vida. Esse tipo de ação voltada para a preservação do espaço é bem comum nos parques, sendo oferecida em todos os locais citados nesta lista. Afinal, o bioma compreende hoje pouco mais de 12% da floresta original, segundo informa a Fundação SOS Mata Atlântica.

Fazem parte do parque o Corcovado e o Cristo Redentor – uma das maiores atrações turísticas do país -, assim como a Floresta da Tijuca, maior floresta urbana do mundo, com suas trilhas e cachoeiras. Duas opções de quedas d’água próprias para banho que fazem parte de trilhas para iniciantes são a Cachoeira das Almas e a dos Primatas. Para tirar belas fotos panorâmicas da cidade, visite os Mirantes do Excelsior e do Dona Marta.

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aruitetura cidades
Foto: PIxabay

Com seus mais de 360 hectares, o Parque Estadual da Serra do Mar se estende por vinte e cinco municípios paulistas e foi dividido em núcleos, com características e atrações distintas. Na propriedade, encontram-se espécies da fauna em risco de extinção, como bicho-preguiça, anta e macaco-prego, em meio aos mais de 1300 animais que a habitam. Localizado na capital do estado, o Núcleo São Paulo é um dos maiores entre os 24 núcleos, também oferecendo cachoeiras, trilhas e mirantes. Já no Núcleo Santa Virgínia, os praticantes de rafting podem se aventurar nas corredeiras do Rio Paraibuna.

Reconhecido como Reserva da Biosfera e Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, o Parque Nacional do Superagui (PR) também é habitat de espécies ameaçadas, como o papagaio-de-cara-roxa e o mico-leão-da-cara-preta. A 150 km da capital do estado, Curitiba, o parque compreende a ilha de Superagui, que inclui paisagens de manguezais, restingas e 38 quilômetros de praias desertas, cenário perfeito para longas caminhadas ao sol em meio à paz da natureza. Em sua costa, pode-se avistar botos entre as embarcações atracadas na ilha. Além das praias, os visitantes podem conhecer a ilha por meio das trilhas ecológicas em meio à mata.

prêmio sustentável
Barra do Ararapira, dentro do Parque Nacional do Superagui, no município de Guaraqueçaba (PR). Local faz parte da Grande Reserva Mata Atlântica. Foto: Zig Koch

Parque Nacional do Pau Brasil, na Bahia, faz parte da Costa do Descobrimento, assim chamada por ter recebido os portugueses que desembarcaram pela primeira vez no Brasil em 1500. A região também foi reconhecida pelo Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO devido aos sítios arqueológicos, resquícios de aldeias jesuíticas e construções coloniais que abriga, sendo também uma importante área de proteção do ecossistema da Mata Atlântica.

Reunindo 40% da avifauna baiana, as 214 espécies de aves registradas no parque o tornam um interessante ponto para observação de pássaros. Entre os animais típicos da Mata Atlântica, destacam-se o sabiá-pimenta e o anambé-asa-branca. Difícil de ser encontrada em outras regiões, a harpia também é vista com frequência no parque, local onde se reproduz.

Com 1240 hectares, o Parque Estadual da Pedra Azul (ES) foi assim chamado graças à formação de granito de mais de 1800 m de altura presente no local, cuja cor parece mudar entre azul, verde e amarela, de acordo com a incidência do sol. É possível chegar ao topo da rocha por meio de uma escalada, que exige experiência na prática daqueles que optarem por fazer o caminho, além de equipamento adequado.

Para maior segurança, indica-se ainda a contratação de um guia especializado para acompanhar os grupos de até sete pessoas, quantidade máxima por vez autorizada no trajeto pelo parque. Uma atração à parte do parque são suas flores: foram catalogadas 51 espécies de bromélias e mais de 120 de orquídeas.

parque estadual da pedra azul
Parque Estadual da Pedra Azul. Foto: Rolf Gustaf Odelius, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons