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bilhete Hungria
Transporte público com desconto é um incentivo para deixar o automóvel em casa. | Foto: Arvydas Venckus | Unsplash

Na esteira da Alemanha, que criou o “bilhete-único nacional“, a Hungria lançou um bilhete mensal com desconto válido para o transporte público ferroviário e de ônibus. O equivalente húngaro é mais limitante do que sua inspiração alemã, mas ainda assim deve estimular a redução no uso de automóveis.

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O passe nacional mensal, disponível na Hungria em 1º de maio, custa 9.450 florins (moeda oficial do país) – que corresponde a cerca de 25 euros ou 139 reais (cotação em 5 de maio de 2023). A passagem é válida para linhas de trem e ônibus que operam entre áreas urbanas usando as linhas regionais.

Uma segunda opção de bilhete custa o dobro (18.900 florins ou cerca de 50 euros), sendo com esta possível viajar além das linhas regionais. Em ambos os casos, porém, há a grande desvantagem da passagem não ser válida para os serviços de mobilidade municipal. Ou seja, o bilhete não cobre trajetos dentro das próprias cidades.

Mesmo com a restrição, o bilhete da Hungria oferece às comunidades rurais e às pessoas que viajam diariamente longas distâncias uma alternativa viável e um incentivo para deixar em casa os veículos individuais. Além disso, em ambas opções de passagens os estudantes podem obter um desconto de 90% – resultando em apenas cinco euros por um passe de trem mensal que cobre toda a Hungria.

Estímulo ao transporte público

Além de ajudar a população a se deslocar, o incentivo ao transporte público assim como a adoção de frotas menos poluentes (tais como ônibus elétricos) será essencial para países de todo o mundo reduzirem suas emissões de dióxido de carbono e cumprirem suas metas climáticas. Um relatório da ONU, publicado em 2018, aponta que o setor de transporte responde por 25% das emissões globais. Entre os modais que mais contribuem com as emissões, os carros leves lideram com 45% do volume emitido.

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A substituição de automóveis movidos a gasolina e diesel por mais transportes públicos coletivos (e de qualidade) pode reduzir o trânsito das grandes cidades, reduzir acidentes e melhorar os níveis de poluição sonora e atmosférica e, consequentemente, os gastos na saúde pública.

Budapeste transporte
Transporte público em Budapeste, a capital da Hungria. | Foto: David Fintz | Unsplash