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Há três dias morreu a esperança de salvar a espécie de rinoceronte-branco-do-norte. Morreu Sudão, um distinto rinoceronte com nome de país africano devido a problemas de saúde por conta da idade. Com 45 anos, ele tinha o equivalente a 90 anos -, se comparado com humanos.

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Sudão vivia na organização ambiental Ol pejeta Conservancy, no Quênia. E foi sacrificado após muitos dias doentes e, segundo os cuidadores, o quadro ter piorado. Ele já não conseguia mais ficar em pé, então não havia mais razão para prolongar seu sofrimento. Ele era o último rinoceronte branco macho da terra, restam agora somente duas fêmeas (que são filha e neta de Sudão).

“Sua condição piorou significativamente nas últimas 24 horas; ele não conseguiu se levantar e estava sofrendo muito. A equipe veterinária do Zoológico Dvůr Králové, Ol Pejeta e Kenya Wildlife Service tomaram a decisão de fazer a eutanásia”, afirmou a instituição Ol Pejeta.

Foto: Ol Pejeta Conservancy

Esperança

Em tese a espécie está extinta, entretanto a organização responsável pelo animal coletou o material genético dele. Ou seja, pode ser usado futuramente em tentativas de reprodução de rinocerontes-branco do norte. Inclusive, os cientistas estão buscando maneiras de realizar o procedimento de fertilização in vitro.

“Infelizmente, a morte do Sudão deixa apenas dois rinocerontes brancos do norte do planeta; sua filha Najin e a filha dela Fatu, que permanecem em Ol Pejeta. A única esperança para a preservação desta subespécie agora está no desenvolvimento de técnicas de fertilização in vitro”, afirma a organização Ol Pejeta.

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Caça mortífera

Os rinocerontes são alvos constantes de caçadores interessados em comercializar chifres. Em algumas culturas chegam a acreditar que eles possuam poder medicinal e são muito valorizados no mercado negro. Essa caça predatória acabou por dizimar diversas comunidades no continente africano.

Em comunicado, a ONG lembrou que Sudão, que em seus últimos anos de vida era protegido por soldados, escapou muitas vezes da morte prematura. “O Sudão será lembrado por sua vida excepcionalmente memorável. Na década de 1970, ele escapou da extinção de seu tipo na natureza quando foi transferido para o Zoológico Dvůr Králové. Ao longo de sua existência, ele contribuiu significativamente para a sobrevivência de sua espécie. Durante seus últimos anos, ele voltou para a África e roubou o coração de muitos com sua dignidade e força”.

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Foto da capa: Andrew Harrison Brown da Ragtag Tribe Films, que filmou a história. Mais fotos aqui.