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“O chamado do cacique: herança, terra e futuro” estreia em abril

Documentário produzido pelo IPAM com apoio do Instituto Raoni será lançado em evento gratuito com a presença do cacique Raoni

cacique Raoni
Raoni Metuktire, chefe da etnia Mebêngôkre (Kayapó). Foto: IPAM

O minidocumentário “O chamado do cacique: herança, terra e futuro” estreia na próxima terça-feira, dia 23 de abril. Produzido pelo projeto Amazoniar do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) em parceria com o Instituto Raoni, o filme foi gravado durante a reunião organizada em julho do ano passado pelo cacique Raoni, que uniu povos indígenas na aldeia Piaraçú, no Mato Grosso, em prol do futuro do planeta.

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“Durante os cinco dias que passamos em Piaraçu – num evento com mais de 800 indígenas, que nem o calor de 46 graus conseguiu atrapalhar – pude sentir a força da ancestralidade. Ficou clara a relação íntima que os povos originários mantêm com seus territórios, o que explica porque eles são tão essenciais para que o país e o mundo se adaptem às mudanças climáticas. Eles estão dispostos a contribuir com a solução. Contudo, para oferecer essa contribuição à humanidade, precisam que seus direitos, territórios e tradições sejam respeitados. Somente assim, através de seu modo de vida, poderão contribuir significativamente para o equilíbrio climático global”, conta Lucas Ramos, coordenador do Amazoniar no IPAM e diretor do documentário.

 

O documentário celebra a jornada do cacique em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não indígenas. Ilustra também as histórias pessoais que revelam a importância dos povos originários e trata das ameaças aos seus direitos e cultura. Além disso, aborda a transição para uma nova geração de líderes e o surgimento de lideranças das mulheres indígenas.

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A cerimônia de lançamento coincide com o Acampamento Terra Livre em Brasília e com o Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas . O evento contará com a participação de líderes indígenas, representantes do governo, Judiciário, cientistas e sociedade civil. Entre os confirmados, está cacique Raoni Metuktire, chefe da etnia Mebêngôkre (Kayapó).

indígenas constituição
À frente na bancada, da esquerda para a direita: Teseya Panará, Kanhõc Kayapó, Raoni Mētyktire e Tutu Pombo Kayapó, dentre outros, ocupam auditório da liderança do PMDB nas negociações do capítulo dos indígenas na Constituinte, Brasília, em 1988. Foto: Beto Ricardo | Acervo Instituto Socioambiental

“Ao produzir o documentário, nosso objetivo no Amazoniar foi contribuir para que os indígenas brasileiros projetem suas vozes e levem o chamado do cacique mais longe, para que todos somem à luta pelos direitos dos indígenas e, por consequência, contribuam para o equilíbrio climático mundial. Este não é apenas um chamado por ação. É um convite para escutar, aprender e preservar juntos com nossos povos originários”, disse Ramos.

Na lançamento do filme, também serão exibidas outras produções audiovisuais de artistas indígenas: “Artesanato” (Are Yudja), “Memórias nas coisas do vovô” (Matsi Waura Txucarramãe, Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Kaiani Trumai) e “Menire djapej: o trabalho das mulheres” (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmo Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó).

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“O chamado do cacique: herança, terra e futuro”

  • Estreia: 23 de abril de 2024 (terça-feira), das 18h às 22h
  • Local: Caixa Cultural Brasília – Lotes 3/4, SBS Q. 4 – Asa Sul, Brasília – DF
  • O evento é gratuito e não requer inscrição, mas está sujeito à lotação máxima da Caixa Cultural Brasília
documentário sobre Raoni
Imagens: Divulgação