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Uso de cobaias animais ainda gera polêmica em todo o mundo

Testes feitos em cobaias animais ainda é um assunto que gera polêmica em todo o mundo. Diversos movimentos ativistas se manifestam contra a prática e alguns países já apresentam legislações que proíbem ou limitam as experiências em animais.

Testes feitos em cobaias animais ainda é um assunto que gera polêmica em todo o mundo. Diversos movimentos ativistas se manifestam contra a prática e alguns países já apresentam legislações que proíbem ou limitam as experiências em animais.

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A área de estética é umas das que mais empregam pesquisas feitas com ratos ou coelhos para avaliar se os novos produtos causam danos à saúde. Para exterminar esta prática, organizações e órgãos políticos cobram transparência de laboratórios, para que deixem a informação quando à ocorrência dos testes à mostra nas embalagens.

A União Europeia já prevê o fim das experiências feitas com animais até 2013. O Brasil também estuda alternativas, mas o tema ainda não é trabalhado abertamente e faltam informações concretas quanto às práticas laboratoriais.

Segundo dados da Peta, ONG de proteção aos animais, anualmente cem milhões de bichos são utilizados como cobaias em pesquisas laboratoriais. Na área de estética os testes são feitos para garantir que os componentes químicos não causem irritações, alergias ou contenham substâncias cancerígenas que possam afetar a saúde dos humanos.

A ONG trabalha com bastante insistência em cima do tema. Por isso, no site da organização existe uma lista com cosméticos feitos sem testes em animais, para que os consumidores se sintam seguros ao optar por produtos responsáveis quanto a esta questão. As informações são divulgadas com base em pesquisas feitas pela Peta para a certificação “Cruelty Free”, ou seja, “livre de crueldade”.

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Os testes feitos em coelhos, por exemplo, verificam se o produto causa irritação na pela ou nos olhos. Assim, os animais recebem doses constantes, através de injeções, aplicações em adesivos e até mesmo substâncias pingadas diretamente nos olhos. Nos ratos, os testes são ainda piores, com aplicações feitas por via oral, testes sobre doses letais e avaliações sobre a toxidade de substâncias aplicadas em órgãos genitais.

Em abril deste ano a ativista britânica Jacqueline Traide permaneceu exposta em uma vitrine em Londres, sendo submetida a tratamentos similares aos aplicados em animais. O intuito da ação era mostrar à população o tamanho da crueldade necessária para que os cosméticos cheguem às prateleiras dos postos de venda sem causar danos aos humanos.

No Brasil existem empresas que já aboliram a prática. Entre elas estão: Unilever, P&G e Natura. No entanto, esta informação não está disponível na embalagem dos produtos para que o consumidor possa usar este artifício como mais um dos fatores de escolha. Uma legislação que prevê a obrigatoriedade desta informação foi escrita pelo deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB), no entanto, ela está parada na Câmara há cinco anos.

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Ao mesmo tempo em que existem tecnologias que podem substituir as experiências feitas em animais, como o uso de pela humana reconstituída ou testes in vitro, especialistas também informam que nem todas as opções responsáveis têm resultados efetivos. “Nesses casos, não dá para prescindir dos testes em camundongos antes do uso em humanos. A saída é reduzir o número de cobaias utilizadas”, explicou Isabella Delgado, diretora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz, em declaração ao jornal Folha de S. Paulo. Com informações da Folha de S. Paulo.

Redação CicloVivo