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Sistema Cantareira vai esvaziar até a Copa, afirma comitê

Estratégia para driblar esgotamento total da água terá início em maio e deverá custar R$ 80 milhões.

O chamado “volume útil” do Sistema Cantareira poderá se esgotar completamente em julho, mês da Copa do Mundo, segundo as previsões do comitê anticrise que monitora a situação do manancial. Com a estiagem mais severa já registrada na história, o abastecimento de água ficará comprometido em quase metade da Grande São Paulo e na região de Campinas.

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A previsão feita pelos especialistas desperta grande preocupação entre a população e pressiona a Sabesp, que deverá instalar equipamentos para fazer a captação de água do “volume morto”, uma reserva estratégica de 400 bilhões de litros situada no fundo dos reservatórios.  A Sabesp informou que vai dar início à operação em maio, dois meses antes do possível esgotamento da água represada acima do nível das bombas. O chamado “volume morto” é uma quantia que fica guardada para emergências e que nunca foi utilizada anteriormente.

Em fevereiro, os membros do comitê anticrise estimaram que os reservatórios esvaziassem em agosto, depois da realização dos jogos da Copa. Com a nova previsão, o uso do volume reserva passou a ser considerado como algo inevitável para garantir que o racionamento não seja generalizado, e a operação demandará altos custos para a companhia de água: R$ 80 milhões deverão ser gastos para a utilização do “volume morto”.

Respondendo às determinações da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), que compõem o comitê, a Sabesp já gastou R$ 52 milhões com a contratação de duas empresas que se encarregaram de fazer as obras emergenciais para o uso do “volume morto” nas principais represas do Sistema Cantareira. As verbas foram direcionadas à represa de Atibainha, em Nazaré Paulista, e para Jaguari e Jacareí, represas que ficam em Joanópolis e concentram 82% da água disponível em todo o manancial – no entanto, contam com apenas 9,4% da capacidade total, segundo as últimas medições. Para realizar a captação de água do “volume morto”, a companhia já gastou R$ 5,3 milhões com a compra de 17 bombas flutuantes, tubos, cabos, painéis e geradores.

Antes de apostar no volume morto para evitar o racionamento de água em São Paulo, a Sabesp tomou diversas medidas para tentar reverter o nível baixo dos reservatórios do Sistema Cantareira: depois de incentivar a economia de água entre a população e remanejar as bacias Guarapiranga e do Alto Tietê, a companhia chegou a reduzir a vazão máxima de água para a Grande São Paulo e até contratou um serviço de chuva artificial sobre os reservatórios. Com informações do Estadão.

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Redação CicloVivo