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Siderúrgica atrapalha meta de redução de emissões de CO2 no RJ

A prefeitura do Rio de Janeiro terá dificuldades em atingir sua meta de redução de emissões de CO2 devido à instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), inaugurada há um ano. A empresa foi construída em Santa Cruz, zona oeste da cidade.

A prefeitura do Rio de Janeiro terá dificuldades em atingir sua meta de redução de emissões de CO2 devido à instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), inaugurada há um ano. A empresa foi construída em Santa Cruz, zona oeste da cidade.

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Em apenas um ano de produção já foram emitidos 5,7 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. O número representa 50,22% a mais que o total de emissões de toda a cidade do Rio de Janeiro em 2005.

A prefeitura tem a meta de reduzir as emissões em 8% até 2012. Além disso, a Política Municipal sobre Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável estabeleceu objetivos mais ambiciosos: que as emissões na cidade fossem reduzidas em 16% até 2016 e em 20% até 2020, tendo como base os dados de 2005.

O vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, não demonstrou muita preocupação em relação a este fato. De acordo com ele, a siderúrgica será desconsiderada ao se avaliar os números, pois não existia quando a meta foi definida. Questionado pela reportagem do Estadão se a meta não seria então irreal, o secretário defendeu-se. “Irreal é não ter uma referência básica. Não estamos dizendo que a situação vai ficar maravilhosa, mas que estamos reduzindo em 8% aquilo que existia a partir do inventário de 2005”.

Muniz afirma não ter conhecimento dos números das emissões da siderúrgica, que foram fornecidos pela empresa a pedido do Estado. Mesmo assim, ele reconhece que não há medidas para solucionar a questão, mas afirma que as emissões estão sendo reduzidas.

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O secretário apresentou em março um texto com o Plano de Ação para a Redução de Emissões dos Gases de Efeito Estufa da Cidade do Rio, onde afirmou que a operação do complexo siderúrgico teria grandes impactos ambientais, porém no mesmo texto ele minimizou a situação ao afirmar que apesar dos desafios a empresa contribuiria na geração de empregos.

No Plano de Ação municipal há diversas medidas, como duplicação da malha de ciclovias, expansão do reflorestamento, instalação do Centro de Tratamento de Resíduos em Seropédica e racionalização dos transportes coletivos, com corredores exclusivos de ônibus (BRTs).

De acordo com o Inventário de Emissões da cidade, foram emitidos11,35 milhões de toneladas de CO2 em 2005. Destes, o setor de energia foi responsável por 64%, o transporte rodoviário 33%, resíduos sólidos 25% e indústria 10%. Com informações do Estadão.

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Redação CicloVivo