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“Na Contramão”: Skate é opção eficiente para se locomover pela cidade

Skate é sinônimo de aventura, esporte e lazer. Mas, para o paulistano Rafael Takano – e para muitos outros, ele também é meio de transporte.

Skate é sinônimo de aventura, esporte e lazer. Mas, para o paulistano Rafael Takano – e para muitos outros, ele também é meio de transporte. As quatro rodinhas são aliadas constantes do jovem jornalista, que também é DJ e dono de bar, e ele garante que a opção proporciona muito mais eficiência aos seus trajetos diários.

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Essa visão de que o skate também é uma alternativa para a mobilidade urbana surgiu quando ainda era pré-adolescente. Takano ganhou o seu primeiro skate quando estava na sexta série e já começou a utilizá-lo para ir de casa até a escola. No caminho, ele aproveitava as ladeiras do bairro da Pompéia para treinar umas manobras e acrescentar um pouco de aventura à rotina.


Foto: Arquivo pessoal

Os anos se passaram, mas o “shape” permaneceu ao seu lado. “Cheguei a herdar um monzão quatro portas do meu pai”, explica o paulistano, hoje com 28 anos, em referência ao carro que fez sucesso nos anos 90. O automóvel também tinha o seu lado bom. “Admito que ele era útil em algumas situações, como quando eu servi no exército do outro lado da cidade e minha mãe me levava pro quartel de manhazinha quando não tinha trânsito pra eu ganhar umas horas de sono.”

Mas, a monotonia do trânsito não combina com o estilo de Takano. “Hoje em dia eu realmente fiz a opção por não ter um carro.” Quando precisa se deslocar dentro do bairro, ele sempre vai de skate. Se os trajetos são mais longos, ele mescla o skate com o transporte público. “É muito mais humano, divertido e dinâmico”, garante.

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Foto: Hallan Batman

Para o jovem, pegar o trânsito de carro é como estar em uma “jaulinha de aço”. Em compensação, o skate permite que ele se locomova a céu aberto, vivendo a cidade e enxergando coisas que às vezes passam despercebidas pelos motoristas. Além disso, a opção traz alguns benefícios adicionais. “Eu não fico nessa assepsia de dentro do automóvel, esse ambiente controlado. Você entende quem são as pessoas, quais são os problemas, qual o cheiro, o clima. Tomar sol e vento na cara. É um pouco de atividade física também. Para o trabalho no bar e como DJ, uma das grandes vantagens é poder beber no fim do expediente e não me preocupar com a direção embriagada”, comemora.


Foto: Reprodução/Cityzen – YouTube

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Às vezes a escolha também causa alguns contratempos, principalmente quando o destino é algum compromisso formal. Nem todas as pessoas entendem que o skate é um meio de transporte e, segundo ele, acabam rolando alguns olhares de reprovação. Chegar ao trabalho um pouco suado, esbaforido ou com as mãos sujas também é comum. Mas, os benefícios são muito maiores. Essa opção permite que ele relaxe no trajeto e Takano ainda economiza tempo nos trajetos que seriam feitos na caminhada. “De casa até o metrô, eu levaria 20 minutos a pé, levo cinco de skate”, esclarece.

Para ser melhor, só se a cidade recebesse mais estrutura. Uma sugestão de quem realmente anda de skate nas ruas seria criar mais ciclofaixas e permitir que elas sejam compartilhadas entre bicicletas e skates. Com um chão lisinho, as distâncias seriam menores e o número de skatistas nas ruas seria muito maior.

Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo