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COP 19 termina com acordo sobre proteção de florestas

O Fundo Verde do Clima será o principal meio de financiamento dos projetos de redução de emissões.

Apesar da falta de disposição de muitos governantes, a COP 19 (Conferência da ONU sobre mudanças climáticas) terminou no último sábado (23) com, pelo menos, um acordo fechado. Trata-se de um pacto que atribuiu regras para o pagamento pela proteção de florestas.

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O acordo nada mais é que do que o Redd+ (sigla para Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal) sendo colocado em prática. O conceito refere-se a um sistema que remunera os países em desenvolvimento para que reduzam as emissões de gases que provocam o efeito estufa provenientes de floresta, além de investirem em desenvolvimento sustentável e práticas de baixo carbono para o uso da terra.

A COP 19 ocorreu em Varsóvia, na Polônia. Segundo reportagem da Folha, os países concordaram sobre a origem do dinheiro, a metodologia para avaliar o resultado e as ferramentas para transparência dos dados sobre a conservação. A tomada de decisões agradou o presidente da COP-19, o polonês Marcin Korolec, que se diz orgulhoso da conquista.

De onde sairá o financiamento

O Fundo Verde do Clima será o principal meio de financiamento dos projetos de redução de emissões. Entretanto, outros meios para capitalizar recursos também serão aceitos. Por hora, o Redd+ já conta com R$ 280 milhões de um pacote anunciado pelos Estados Unidos, Noruega e Reino Unido.

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Regras para os beneficiados

Os países que tiverem interesse nos recursos de financiamento deverão ser transparentes quanto ao resultado de suas ações: serão usados sistemas de monitoramento de satélite do país em questão, além de serem submetidos a um painel internacional que comprove os dados.

Os governos também deverão criar agências nacionais para supervisionar o uso do dinheiro. É preciso provar que a redução foi alcançada sem prejuízos às comunidades locais ou a biodiversidade.

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Redd+

Para que um país possa ser contemplado com o incentivo financeiro deve tomar uma ou mais ações entre as listadas abaixo:

– Redução das emissões derivadas de desmatamento e degradação das florestas

– Aumento das reservas florestais de carbono

– Gestão sustentável das florestas

– Conservação florestal

O acordo agradou o Brasil, mas significou pouco em termos gerais. Para o Greenpeace, a conferência terminou “com total falta de ambição”. A organização ambiental foi uma das principais ONG’s que se retiraram do evento antes do término. Outra polêmica foi a demissão do ministro do Meio Ambiente polonês, Marcin Korolec, que exerceu a função de presidente da COP 19.

Marcia Sousa – Redação CicloVivo