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Cacau impulsiona produção sustentável na Amazônia

Produtores brasileiros do Pará têm investido no cacau a fim de aumentar a renda e reflorestar áreas devastadas. A alternativa diminui a pecuária e propulsiona o desenvolvimento sustentável na região amazônica.

Produtores brasileiros do Pará têm investido no cacau a fim de aumentar a renda e reflorestar áreas devastadas. A alternativa diminui a pecuária e propulsiona o desenvolvimento sustentável na região amazônica.

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O cacau é uma planta nativa da Amazônia, famosa por seu fruto ser matéria-prima do chocolate. Nos últimos cinco anos a produção quadruplicou. Esta reintrodução do plantio na região amazônica se deve aos agricultores que perceberam a facilidade de crescimento do cacau na floresta e o fato do retorno financeiro ser muito favorável.

Neste sentido, acredita-se que o desmatamento diminua, pois se torna menos comum a destruição da Amazônia para aumentar os pastos. "Vimos que a pecuária não era viável porque tínhamos que queimar mais floresta para manter a produção. O cacau nos oferece hoje uma renda maior que o gado", afirmou Altamiro Pereira Lorenzo ao iG. O produtor semeou três mil plantas de cacau, há dez anos, no município de São Félix do Xingu, estado do Pará.

São Félix é considerado o maior destruidor da Amazônia, por ter devastado 10.110 quilômetros quadrados de floresta nos últimos dez anos. Em contrapartida, a produção de cacau passou de 350 para 1.500 toneladas, entre 2005 e 2010. Por conta disso, é considerado segundo maior município produtor do país. A maior produção nacional é da Bahia, com 154.634 toneladas.

Algumas pesquisas já sugerem que a planta é benéfica para o desenvolvimento sustentável. "As condições de solo e clima na Amazônia são apropriadas para o cacau. Os estudos indicam que os cultivos mais próximos da linha do Equador produzem o cacau com as características mais apreciadas pela indústria", diz um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

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O próprio instituto busca certificar a produção sustentável de cacau na região de São Félix. A ideia é fazer um projeto que melhore a vida da Cooperativa Alternativa dos Pequenos Produtores Rurais e Urbanos (Cappru) da cidade.

De acordo com Iron Eterno de Faria, presidente da cooperativa, a produção passou de 400 a 940 toneladas entre 1997 e 2011. A Cappru considera que o cacau da Amazônia gera um baixo custo, sendo esta a maior vantagem.

O coordenador de produção sustentável da organização The Nature Conservancy (TNC) na Amazônia, Francisco Fonseca, afirma que em São Félix podem ser plantados até 50 mil hectares com cacau. Ele explica que no Brasil apenas 1,5 milhão de sementes de qualidade e resistentes a pragas estão disponíveis. "O limite não é a área, mas a quantidade de sementes", afirma Fonseca. Com informações do iG.

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Redação CicloVivo