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Ariranha está na lista de espécies ameaçadas há 14 anos

O número de indivíduos foi drasticamente reduzido em virtude da caça ilegal para retirada da pele, além da invasão de seus territórios pelo ser humano.

Atualmente, muitas espécies de mamíferos correm risco de extinção. Para lutar contra isso, várias organizações conduzem programas destinados à preservação e reprodução.

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O nascimento da primeira ariranha na Ásia é um desses casos e faz parte do programa de conservação desenvolvido pela Reserva Natural de Singapura, no zoológico River Safari. O filhote pesa 1,5 Kg e mede 60 centímetros, mas, quando atingir a idade adulta, pesará 34 Kg e terá 1,8 metros de comprimento.

A ariranha é um mamífero carnívoro originário da América do Sul com grande capacidade predatória. Também é uma espécie muito social que vive em pequenos bandos de até dez indivíduos, liderados por um casal dominante. Seu instinto social leva esses animais a caçar de forma estratégica e em grupos, embora, às vezes, possam caçar sozinhos. Outra característica curiosa da espécie é que as fêmeas frequentemente cuidam dos filhotes de outras fêmeas e raramente lutam com outros membros do grupo.


Steve Wilson/Flickr

Sua base alimentar se constitui, principalmente, por peixes caracídeos, como bagres, por caranguejos e até mesmo piranhas. Embora a ariranha não tenha o potencial predatório do ser humano, compete diariamente por comida com outras espécies de lontras e jacarés.

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Por ser uma espécie sul-americana, o habitat natural desse mamífero são os rios da Amazônia e do Pantanal, que percorre diariamente em busca de alimentos. Sua habilidade de se locomover na água deve-se à capacidade de adaptação ao ambiente em que vive e a diversas condições físicas. A densa pelagem, as patas palmípedes e a cauda em forma de asa facilitam os movimentos rápidos na água, e, consequentemente, a caça às presas.

Em 1999, a ariranha entrou para a lista dos animais que correm risco de extinção. O número de indivíduos foi drasticamente reduzido em virtude da caça ilegal para retirada da pele e da invasão de seus territórios pelo ser humano. Existem, atualmente, menos de cinco mil animais vivendo em seu habitat natural.

Existem diversos programas de proteção que tentam lidar com o problema, como os da organização peruana “Nutria Gigante” e os da Sociedade Zoológica alemã, que monitoram as atividades dos grupos de animais, seu comportamento e reprodução.

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Também existem projetos baseados na reprodução em cativeiro desses animais com a finalidade de preservá-los mais facilmente e de aumentar sua expectativa de vida, que na natureza é de 12 anos, mas que em cativeiro pode chegar a 20.

“Diante de ameaças crescentes como a destruição do habitat e da caça ilegal, os programas de reprodução em cativeiro têm papel fundamental na conservação de espécies ameaçadas de extinção” declarou o Dr. Cheng Wen-Haur, chefe do Departamento de Ciências da Vida da Reserva Natural de Singapura.


Nigel Swales/Flickr

 Texto originalmente postado em Animal Planet.