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Aquecimento global pode comprometer cultivo de arroz e de feijão

Um estudo encomendado pela ONU aponta que pode faltar comida nas mesas do mundo nos próximos anos. Até 2050, o aquecimento global deverá comprometer o cultivo de alimentos enraizados na culinária brasileira, como o arroz, o feijão e a batata.

Um estudo encomendado pela ONU aponta que pode faltar comida nas mesas do mundo nos próximos anos. Até 2050, o aquecimento global deverá comprometer o cultivo de alimentos enraizados na culinária brasileira, como o arroz, o feijão e a batata.

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Pesquisadores do Grupo Internacional de Consulta em Pesquisa Agrícola (CGIAR, em inglês) elaboraram um relatório que aponta que cerca de 20% do cultivo de arroz, milho e trigo será diretamente atingido pelas alterações no clima. Além disso, serão comprometidas as plantações de alimentos comuns aos brasileiros, como o feijão, a batata e a mandioca.

O arroz, muito presente nos pratos nacionais e sempre usado na cozinha oriental, poderá ter um declínio de produção de até 15%, já que, além de serem sensíveis e terem a fotossíntese prejudicada em ambientes muito quentes, estas plantas não podem ficar expostas a inundações e nem a enchentes.

O feijão possui alto teor nutritivo, mas não pode ficar exposto à seca e nem às altas temperaturas. Por ser muito consumido nos países em desenvolvimento, a escassez do feijão pode causar aumento da fome no mundo.  De acordo com a pesquisa, a leguminosa responde por 14% das proteínas vegetais consumidas por um brasileiro.

Presente em várias partes do mundo, as batatas também possuem alto teor nutritivo e sofrem com o aquecimento do planeta – o medo dos agricultores é que, com as temperaturas aumentadas, a produtividade das lavouras seja reduzida. O milho, um dos alimentos mais consumidos no mundo, também não pode ficar exposto ao calor excessivo: apenas na África, 20% da produção do cereal já está em risco.

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O cultivo da mandioca, herdado dos costumes indígenas, é uma alternativa para as regiões áridas, já que o tubérculo resiste à secura e às altas temperaturas. No entanto, assim como arroz, o alimento é sensível à ação das chuvas e inundações.

Cevada é o alimento de maior resistência
Os pesquisadores do Grupo Internacional de Consulta em Pesquisa Agrícola descobriram que a cevada é o grão que tem maior facilidade de adaptação às mudanças climáticas, sendo capaz de resistir ao calor, à seca e à salinidade do solo. Utilizada na produção de cerveja, a cevada é rica em ferro e zinco, e pode tornar-se um dos grãos nutritivos mais consumidos nas regiões áridas do mundo nos próximos anos. Com informações da CGIAR.

Redação CicloVivo

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