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antidepressivos
O potencial benéfico da natureza para a saúde mental vem sendo evidenciado em pesquisas recentes. | Foto: Josephine Baran | Unsplash

O potencial benéfico da natureza para a saúde mental é tema de mais um estudo científico. Com financiamento da Academia Científica da Finlândia e o Ministério do Meio Ambiente do mesmo país, a pesquisa aponta que visitas frequentes a espaços verdes urbanos, como parques e jardins, podem estar ligadas ao menor uso de certos medicamentos prescritos, inclusive, voltados à saúde da mente, como antidepressivos.

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Diversos estudos sugerem que a exposição a áreas naturais seja boa para a saúde. Enquanto alguns focam em ambientes verdes, como florestas, outros jogam luz para as chamadas “áreas azuis”, como mares e lagos. As evidências de como os benefícios ocorrem são ainda incipientes e neste estudo finlandês buscou-se entender a influência tanto de áreas verdes como azuis no uso de remédios psicotrópicos, anti-hipertensivos e para asma.

O estudo aponta associações entre a rotina de frequentar áreas verdes ao menor uso de medicamentos para depressão, ansiedade, insônia, pressão alta e asma. A posição socioeconômica dos participantes da pesquisa não foi relevante em nenhum dos casos.

A pesquisa reuniu as respostas de 16 mil residentes selecionados em Helsinque, Espoo e Vantaa, três cidades da Finlândia. Os moradores têm pelo menos 25 anos e vivenciam espaços verdes e azuis residenciais em um raio de um quilômetro de casa. Fatores potencialmente influentes, incluindo comportamentos de saúde, poluição do ar e ruído ao ar livre, renda familiar e escolaridade também foram considerados.

Uma das conclusões identificadas foi que a quantidade de espaços verdes e azuis próximos da residência, ou a vista de tais áreas a partir de casa, não altera o uso de remédios, porém a frequência de visitas a espaços verdes causa influência positiva.

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A pesquisa indica que pessoas que passeiam de três a quatro por semana em parques e florestas têm 33% menos probabilidade de usar antidepressivos e ansiolíticos, além de chances 36% menores de usar remédios para pressão arterial e chances 26% menores de usar remédios para asma.

ecoturismo
Foto: Christopher Burns | Unsplash

Os pesquisadores alertam que as associações observadas foram enfraquecidas quando o IMC (Índice de Massa Corpórea) foi considerado, principalmente para remédios para asma, uma vez que a obesidade é um fator de risco conhecido para asma. Além disso, é salientado que “este é um estudo observacional e, portanto, não pode estabelecer causa e efeito”.

A Finlândia é o país europeu com o maior porcentual de áreas florestais: a cobertura florestal é de 71,3% do território. Ainda assim, os estudiosos acreditam que as constantes evidências científicas que apoiam os benefícios da exposição à natureza à saúde, provavelmente, aumentará a oferta de espaços verdes em ambientes urbanos. É um investimento seguro e eficaz para melhorar a saúde pública.

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A pesquisa foi publicada na revista Occupational & Environmental Medicine.