Canadense constrói condomínio de 99 mini casas para sem-tetos

O empresário canadense Marcel LeBrun vendeu uma empresa de monitoramento de redes sociais e, ao receber o valor, decidiu investir em um mundo melhor. Com o dinheiro, ele está dando novos lares para pessoas desabrigadas – 99 novos lares, exatamente.

Entre as vantagens das minis casas está o valor menor do que o gasto em construções convencionais. Com isso, o impacto da ação de LeBrun pode ser ainda maior e quase uma centena de moradias vai ser entregue para a população de Fredericton, em New Brunswick. Uma fábrica mantida pelo empresário está produzindo 1 pequena casa a cada 4 dias úteis.

As casas são facilmente transportadas sobre rodas e ao final do projeto vão fazer parte de um condomínio fechado chamado 12 Neighbours, ou 12 Vizinhos, em português. O objetivo é entregar casas dignas, que vão ser “o começo de uma segunda chance” para seus novos moradores.

LeBrun sabe que a vulnerabilidade social é um problema complexo, mas acredita que garantir que as pessoas tenham onde viver é uma solução simples e muito eficiente. O empresário está fazendo a sua parte para ajudar cerca de 1,6 mil pessoas em New Brunswick que ficaram desabrigadas por pelo menos um dia em 2022.

“Eu me vejo como um construtor de comunidades, e realmente o que estamos fazendo aqui não é apenas construir uma pequena comunidade, mas estamos construindo uma comunidade em uma cidade. Como podemos ajudar nossa cidade a ser melhor?”, questiona ele.

Até o momento, o empresário investiu US$ 4 milhões de seu próprio dinheiro no projeto de construção de 99 casas. O site da iniciativa também ajuda na arrecadação: com doações da comunidade e o apoio dos governos local e nacional, o projeto já recebeu um total de US$ 12 milhões.

As casas são completas. Têm cozinha completa, sala, quarto e banheiro. Para completar, cada moradia tem um pequeno deck, painéis solares nos telhados e uma pintura que diferencia uma casa da outra. Elas foram pré-construídas em um armazém no qual LaBrun emprega voluntários qualificados para montar as casas, que depois são transportadas por máquinas pesadas para os blocos de concreto que formam a fundação.

Assim como acredita que oferecer uma casa é um bom começo para a construção de uma nova vida, LaBrun tem como estratégia selecionar portadores de condições que geralmente estão presentes em pessoas em situação de rua. Com isso, ele esperar criar uma comunidade em que os vizinhos cuidem uns dos outros.

A comunidade dos 12 Vizinhos está equipada com segurança e portões de última geração para impedir visitantes indesejados. Junto com as casas, a comunidade conta com um centro empresarial, onde está sendo instalado um café que funcionará como negócio dos moradores, uma “cozinha escola”  e e uma gráfica de tecidos para uma empresa de impressão de textos e gráficos em camisas, bolsas e outras peças. A ideia é oferecer também possibilidades de geração de renda para a comunidade.

Para saber mais assista à reportagem da Rede CBC News: