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floresta naveia
Fotos: Naveia

Alex Soderberg e Felipe UFO fundaram a Naveia, marca de produtos à base de aveia, com a ideia de usar a alimentação como uma ferramenta para ajudar a mudar o mundo. Além de oferecer alternativas à produtos de origem animal, com um grande impacto ambiental, o objetivo era criar uma empresa carbono negativo. Ao invés de compensar as emissões das operações da marca com projetos de outras empresas ou instituições, os empreendedores decidiram criar a Floresta Naveia, uma floresta própria que, além de proporcionar o retorno da biodiversidade, gerar empregos e segurança alimentar, contribui para sequestrar CO2 da atmosfera e estocar carbono nesse processo.

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leites vegetais
Imagem: Reprodução | Naveia

A iniciativa ocupou 220 hectares de terra degradada no sul de Minas Gerais, berço da cultura de laticínios brasileira, que era usada como pasto de vacas leiteiras. Após ser adquirida pela marca, em 2021, a área passou a ter o seu uso ressignificado. “Tiramos as vacas e colocamos muvucas, também conhecidas como bombas de semente”, afirma o Head de Ativismo da marca, Guiga Pirá.

A Floresta Naveia fica dentro da propriedade que, carinhosamente, foi apelidada de “Evolândia”, nome próprio formado pela conjunção do substantivo “evolução” e do elemento de composição “lândia”, que significa lugar ou terra, e que, além de funcionar como um laboratório de ideias revolucionárias da marca, também é a sede do departamento de ativismo da Naveia.

muvuca de sementes
Semenstes nativas são colocas juntas e depois lançadas nesta muvuca, uma “bomba”para o reflorestamento. Foto: Naveia

No espaço já foi instalado um viveiro que produz 50 mil mudas que auxiliam o processo de regeneração. Em outra parte, 10 hectares foram destinados para o desenvolvimento de um projeto piloto de sistema agroflorestal para geração de emprego e segurança alimentar.  “Esse projeto já está em andamento em 2 hectares com uma agrofloresta que produz uma diversidade de alimentos vegetais através de agricultura vegânica e mostra que pastos degradados podem voltar à vida, basta sonhar junto da terra”, complementa Guiga.

O sistema agroflorestal já conta com mais de 60 espécies vegetais sendo produzidas de forma muito eficiente porque elas colaboram entre si, e não competem. Tudo isso feito através do cultivo vegânico (vegano e orgânico), que significa que não recebe nenhum tipo de adubo ou aditivo de origem animal e nem pesticidas. Grandes quantidades de abóboras, feijões, batatas, couve, beterraba, tomate, banana e outros vegetais já foram colhidas e distribuídas entre os funcionários da Naveia e para um restaurante parceiro.

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floresta naveia
Floresta Naveia, vista aérea. Foto: Naveia

Depois de um ano, o sistema agroflorestal da Floresta Naveia já consegue produzir cerca de 80 toneladas de alimentos por hectare, tudo devido à regeneração natural com a retirada de vacas e a dispersão de muvucas. As áreas mais degradadas de toda propriedade que receberam as primeiras mudas e muvucas já contam com uma cobertura verde mais densa e solo menos exposto, além do viveiro que a Naveia criou e já produziu cerca de 30 mil mudas.

“Depois de um ano, percebemos que uma terra muito degradada pode ser recuperada e  se tornar produtiva, apesar dos imensos desafios. Enxergamos a luz no fim do túnel, existe uma solução para o uso da terra de forma regenerativa, sem exploração animal e sequestrando carbono da atmosfera ao mesmo tempo em que se garante segurança alimentar e gera emprego”, comemora Guiga.

O retorno da biodiversidade também já é bastante evidente, sendo possível identificar uma enorme quantidade de aves, além de um lobo guará e excremento de um grande felino ainda não identificado. Segundo Guiga, esse  também é um fator de medição do sucesso da Floresta Naveia, pois um dos objetivos é criar um corredor verde que permita a migração dos animais silvestres pela região.

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floresta naveia
Floresta Naveia, vista aérea. Foto: Naveia

“Hoje cerca de 70% dos pastos brasileiros estão em algum estado de degradação, e entendemos que existe solução para esse problema, e, o mais importante, beneficiando todas as partes envolvidas: o produtor, o ambiente e os animais. Esperamos que o mercado, de uma forma geral, enxergue o valor que a regeneração tem”, declara o Head de Ativismo.

Planos futuros

A iniciativa movida pelo propósito de preservação ambiental e animal, tem objetivos ainda maiores no longo prazo. Um exemplo é a ação com alguns produtores de leite da região, apresentando o propósito de seguir um caminho mais saudável para todas as partes envolvidas, participando da missão de “acabar com o consumo de leite sem acabar com ninguém”, premissa que a Naveia defende quanto à mão de obra no campo.

No curto prazo, para este ano ainda, além dos dois hectares de agrofloresta já implantados, a Naveia pretende implantar mais três hectares, totalizando 50% da área destinada à sistemas agroflorestais na Floresta Naveia – a meta dos dez hectares deve ser atingida em 2024. “A nossa expectativa é que  a Floresta Naveia consiga absorver ao longo dos anos cerca de 14,6t CO2 por hectare por ano”, afirma Guiga.

leite de aveia
Imagem: Reprodução | Naveia

A empresa segue investindo na evolução do projeto Floresta Naveia e já está desenvolvendo ideias de produtos feitos a partir dos vegetais produzidos na agrofloresta com o objetivo de criar um modelo de negócios viável baseado na regeneração. Outro plano é um forno para produção de biochar (carvão vegetal), que ajudará no plantio e ainda auxiliará no estoque de carbono.

Um centro de visitantes, para receber pessoas interessadas em conhecer o espaço é outra possibilidade. Hoje, as visitas à Floresta Naveia acontecem de forma bem pontual, apenas para alguns convidados que participam de ações específicas.

Quer saber mais? Acesse  www.naveia.com.br/pages/ativismo