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Abelhas têm capacidade de aprender e ensinar novos comportamentos

Inteligência coletiva, antes atribuída apenas à raça humana, foi descoberta em abelhas durante estudos laboratoriais

abelhas
Foto: Endri Killo na Unsplash

A inteligência coletiva era atribuída exclusivamente aos humanos. Mas, estudos vem demonstrando que esta capacidade de aprendizado social – aprender com os outros o que não se pode aprender sozinho – também está presente em outras espécies, como os chimpanzés e as abelhas. Sim, essas polinizadoras surpreenderam os cientistas ao revelarem que têm um grau de inteligência coletiva de aprendizado, não apenas instintivo – algo que antes era associado apenas à humanidade.

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De acordo com os autores do estudo “esta descoberta desafia uma opinião comum na área: que a capacidade de aprender socialmente comportamentos que não podem ser inovados através de tentativa e erro individual é exclusiva dos humanos”.

lavanda abelhas
Foto: Pixabay

A ideia de longa data de que os humanos têm o monopólio de certas características intelectuais está em constante mudança. Dos costumes culturais ao uso preciso de ferramentas, as comunidades de animais, incluindo as abelhas, estão mudando esta percepção.

De acordo com Alex Thornton, ecologista da Universidade de Exeter, “as abelhas juntam-se aos chimpanzés para ‘lançar sérias dúvidas sobre esta suposta ‘exclusividade humana’”. Ensaios laboratoriais recentes demonstram a capacidade das abelhas de aprender comportamentos novos, utilizar ferramentas, contar e até resolver equações matemáticas simples.

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Imagens: Nature

Para determinar o nível de inteligência das abelhas, os pesquisadores criaram um desafio de duas etapas. prendendo os insetos  em ambientes com saídas específicas.  As abelhas da espécie Bombus terrestris lutaram para resolver o problema sozinhas. No entanto, uma vez que uma abelha aprendeu como romper as barreias, ela foi capaz de ensinar outras com eficiência, demonstrando um novo tipo de aprendizagem colaborativa.

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De acordo com os autores do estudo, “Para ensinar às abelhas ‘demonstradoras’ a solução não intuitiva, em primeiro lugar, os pesquisadores tiveram que mostrar-lhes o que fazer e oferecer-lhes uma recompensa após o primeiro passo para mantê-las motivadas”.

Embora o comportamento observado necessitasse de instrução inicial, ele abriu a porta para a perspectiva intrigante de uma cultura compartilhada entre as abelhas. Essas descobertas apontam para o potencial de inovações na organização social das abelhas, com indivíduos capazes de alterar o conhecimento coletivo das gerações futuras.

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Foto: Damien Tupinier | Unsplash

Testes anteriores, como treinar abelhas para rolar bolas para obter incentivos, demonstraram sua capacidade de aprender e reparar erros. Estes insetos trabalhadores demonstraram que não são apenas movidos pelo instinto, mas também podem adaptar-se e aprender com experiências compartilhadas.

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Alex Thornton prossegue: “A experiência mais recente sugere que a capacidade de aprender com os outros o que não pode ser aprendido sozinho deve agora juntar-se ao uso de ferramentas, à memória episódica e à comunicação intencional nas características que explicam a cognição e a cultura humanas”.

Para acessar o estudo completo, clique aqui: Bumblebees socially learn behaviour too complex to innovate alone.

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Foto: Dustin Homes | Unsplash