10 fatos sobre abelhas que talvez você não saiba
Atualmente, existem cerca de 20 mil espécies no mundo e 3 mil no Brasil – elas polinizam 73% das plantas cultivadas no planeta
Atualmente, existem cerca de 20 mil espécies no mundo e 3 mil no Brasil – elas polinizam 73% das plantas cultivadas no planeta
Os insetos prestam um serviço ecossistêmico essencial para a biodiversidade, por polinizar não apenas as culturas agrícolas como também as plantas silvestres. Estima-se que 73% das plantas cultivadas, bem como 85% das plantas selvagens dependam, em algum grau, da polinização. Entre os polinizadores, as abelhas são os mais importantes e mais eficientes agentes.
Por meio da polinização, as abelhas permitem a reprodução das espécies vegetais e aumento da disponibilidade de frutos e sementes para a manutenção dos ecossistemas. Esses insetos são tão importantes que ganharam um dia em homenagem a sua existência. O Dia Mundial das Abelhas foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a missão de fomentar a conscientização sobre a importância das abelhas e de outros polinizadores, além de sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.
“A principal função executada pelas abelhas é a polinização, que, de maneira simples, consiste na troca de pólen entre a parte masculina e feminina da flor, o que garante a reprodução das plantas”, esclarece Daniel Calavalcante, Doutor em Tecnologia de Alimentos e CEO da Baldoni. “Por meio desse serviço ambiental, elas atuam na regeneração das florestas e da biodiversidade, tendo ainda importância fundamental na alimentação humana e proporcionando a existência de muitos alimentos presentes em nosso cotidiano”.
Atualmente, existem cerca de 20 mil espécies descritas no mundo, sendo 3 mil encontradas no Brasil. A maior parte das abelhas podem ser criadas e manejadas com técnicas adequadas, em áreas rurais e urbanas. As mais procuradas, as abelhas nativas sem ferrão, contam com mais de 300 espécies brasileiras, sendo 60 no Estado de São Paulo, como jataí, mandaçaia, borá, mandaguari, manduri, guaraipo, entre outras.
Boa parte dos alimentos que consumimos atualmente necessitam da polinização. De acordo com o Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil, produzido pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, da sigla em inglês) e pela Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (REBIPP), as abelhas formam o maior grupo de polinizadores, representando cerca de 48% do total de espécies identificadas como visitantes florais de cultivos vinculados à produção de alimentos.
Variadas categorias de alimentos do nosso dia a dia dependem desse processo, por exemplo, frutas como acerola, maçã, maracujá, melancia e melão, vegetais diversos e grãos como soja, feijão e café, com grande valor econômico.
“A abelha social africanizada (Apis Mellifera) e as abelhas nativas sem ferrão são as mais comuns entre as polinizadoras. Apesar de desempenharem atividades essenciais para a manutenção da biodiversidade e da cadeia alimentar, cada vez mais essas espécies estão ameaçadas devido aos desmatamentos, queimadas, uso de pesticidas, agrotóxicos, aquecimento global e alterações climáticas”, alerta Cavalcante.
Veja na lista abaixo dez curiosidades sobre essas pequenas notáveis:
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