- Publicidade -
UFSC solar
Foto: STI Norland | Divulgação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) acaba de inaugurar uma Planta Solar Piloto de Módulos Bifaciais. O modelo é capaz de gerar mais energia do que uma usina solar comum, uma vez que capta a radiação direta do sol e a refletida pelo solo.

- Publicidade -

Montada no campus da Universidade, onde um grupo da UFSC já realiza experimentos, o objetivo da usina é avaliar como o beneficiamento do solo pode aumentar a produtividade dos sistemas fotovoltaicos.

O projeto é composto por dois tipos de módulos fotovoltaicos, em quatro solos diferentes, que serão estudados com base nas suas condições de desempenho ao longo das estações do ano. São avaliados fatores como degradação, sujidade, operação dos equipamentos em extrema irradiância e alta temperatura, além de medições de irradiação global horizontal, albedo, temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento.

O Laboratório Fotovoltaica da UFSC é responsável por conduzir a pesquisa pela qual, espera-se, melhorar a previsibilidade de desempenho de usinas fotovoltaicas, aumentar a produtividade e prolongar a vida útil dos rastreadores e outros equipamentos utilizados.

UFSC solar
Planta Solar fica junto às instalações do Grupo Fotovoltaica. | Foto: Amanda Miranda

Além disso, o resultado das medições permitirá a realização de um plano de implementação de futuras usinas solares em todo o Brasil, impulsionando o setor de geração de energia fotovoltaica.

- Publicidade -

“Nesse projeto a gente está manipulando o solo para aumentar um pouquinho a reflexão do Sol. Se a gente ganhar 5%, no desempenho de uma usina, isso representa uma competitividade maior para o empreendedor”, pontua o coordenador do laboratório, professor Ricardo Rüther.

Além disso, os módulos bifaciais vêm se tornando um padrão em empreendimentos solares no Brasil, principalmente por serem capazes de produzir mais energia em um mesmo espaço e reduzir custos em sua implementação.

Parcerias

Com investimentos de R$ 7,2 milhões, o projeto conta com o aporte financeiro da empresa China Three Gorges Corporation do Brasil (CTG Brasil) no âmbito do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além da UFSC, há também a parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp Ilha Solteira ) e com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis. O sistema também possui rastreadores solares da empresa STI Norland.

- Publicidade -

Para o professor Rüther, por meio dessas parcerias, é possível executar pesquisas que promovam o melhor aproveitamento da energia solar, além de formar recursos humanos altamente qualificados, um dos papéis centrais da Universidade.

“Os alunos irem para o mercado altamente qualificados é uma das ambições que temos aqui e isso é possível se nós tivermos projetos como esses”, frisa.

UFSC solar
Professor Ricardo Rüther apresenta a planta solar. | Foto: Amanda Miranda

De acordo com a STI Norland, no Brasil, uma das principais dificuldades enfrentadas pelo setor de energia fotovoltaica ainda é a escassez de referências e parâmetros de desempenho de acordo com as diferentes condições climáticas e especificidades de uso.

“Com esse tipo de parceria poderemos ver resultados de geração previstos teoricamente e, a partir disso, é possível fazer ajustes ou mudanças necessárias para melhor otimização dos produtos STI e maior ganho de geração”, ressalta Paulo Henrique, Coordenador de Engenharia da STI Norland.

“Estudos como esse contribuirão para melhorar a oferta de energia no futuro, além de praticar preços mais competitivos e reduzir os impactos socioambientais, por serem projetos de geração de energia limpa. É um tema que interessa a toda a sociedade”, explica Sergio Fonseca, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da CTG Brasil.

O professor Rüther também destaca que a inauguração do projeto se dá em uma fase de crescimento do setor. Atualmente, o Brasil é o 5º maior produtor de energia solar do mundo.

LEIA MAIS: