NY terá maior fazenda vertical de cogumelos do mundo
A empresa MyForest Foods está lançando uma nova fazenda vertical de mais de 7 mil metros quadrados.
A empresa MyForest Foods está lançando uma nova fazenda vertical de mais de 7 mil metros quadrados.
Depois das hortaliças, chegou a vez dos cogumelos dominarem as prateleiras das fazendas verticais. O plantio high-tech é a aposta da empresa MyForest Foods, no estado de Nova York, que está lançando o que afirma ser o maior espaço voltado ao cultivo de micélio do mundo.
Na natureza, os cogumelos desenvolvem raízes semelhantes a fios, chamadas de micélio. A norte-americana MyForest Foods usa justamente o micélio para produzir o MyBacon – uma alternativa vegetal à carne da barriga do porco, pela qual é feito o bacon.
A busca por um substituto à carne suína faz sentido tanto por ser bastante consumida nos Estados Unidos como pelo fato pessoal do cofundador e CEO da MyForest Foods, Eben Bayer, ter crescido em uma fazenda de criação e abate de porcos.
“A criação industrial de suínos é horrível. Eles são esses animais super-sencientes. E o que fazemos é simplesmente horrível”, afirmou o empresário em entrevista ao site Fast Company.
Buscando expandir o negócio com zero sofrimento animal, sua empresa está lançando uma nova fazenda vertical de mais de 7 mil metros quadrados. O espaço está localizado em Green Island, uma vila no Condado de Albany.
Batizada de Swersey Silos, a fazenda integra uma grande estrutura que inclui, além do cultivo, as instalações necessárias para produzir o bacon vegetal. Para a companhia, os fungos são o melhor substituto da carne, sobretudo em sua textura cartilaginosa.
Assim como as fazendas de hortaliças e verduras, os micélios são cultivados em condições extremamente controladas para o crescimento ideal. Temperatura, umidade e nível de CO2 são monitorados continuamente. Além disso, o espaço é mantido escuro, nebuloso e úmido: ambiente ideal para os fungos.
Quando os micélios estão no ponto ideal de “colheita”, eles são fatiados para serem transformados em bacon. Ganham adição de sal, açúcar, óleo de coco para criar a gordura, suco de beterraba para dar cor e fumaça líquida para imitar o sabor da carne de porco. Ao Fast Company, o fundador admite que não é um produto saudável, porém é mais saudável que o bacon e com uma pegada de carbono muito menor.
O objetivo da empresa é chegar a um milhão de consumidores até 2024.