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Empresa social cria produtos com látex orgânico da Amazônia

Os itens desenvolvidos pela Encauchados são feitos por comunidades indígenas e tradicionais da Amazônia.

O extrativismo natural do látex das seringueiras era a principal atividade econômica da região Norte do país, responsável pelo sustento de centenas de famílias e comunidades. Porém, nas três últimas décadas perdeu força, devido ao avanço invasivo da exploração madeireira e agropecuária com desmatamentos de grandes proporções em áreas de florestas.

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É aí que ressurgem os Encauchados, como uma tecnologia social, uma nova borracha amazônica, gerando produtos de mercado, feitos manualmente por meio de boas práticas de manejo, com inovação, design, sustentabilidade, empoderamento e cultura.

No passado, o encauchamento era uma técnica utilizada pelos Povos Indígenas Amazônicos para fabricar produtos de borracha para uso local. Através do investimento em negócios de impacto social, hoje ele representa uma estratégia de inclusão socioprodutiva para as populações extrativistas da Amazônia.

Produto social

A empresa social sediada no Pará, produz artigos de moda, como chinelos, camisetas, bolsas e ecobags, além de artigos de decoração, como descanso de prato, centros de mesa, porta-trecos e também embalagens. O resultado são produtos que aliam cultura, design e inovação.

Centro de mesa e descanso de prato inspirado na Vitória Régia | Foto: Poloprobio

“É uma atividade tradicional reinventada, capaz de produzir objetos e artigos sustentáveis, carregados de cultura e história. O trabalho delicado de indígenas e populações tradicionais, que por várias gerações vem trabalhando com as suas próprias mãos a transformação do látex em produtos, garantiu a funcionalidade do extrativismo natural do látex das seringueiras”, diz o site da empresa. “Trata-se de um resgate da identidade amazônica – com o propósito de preservá-la e disseminá-la mundo afora.”

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Renda extra para as famílias

As famílias de agricultores familiares e extrativistas, moradores de regiões inóspitas e isoladas da Amazônia, unem-se em torno de uma atividade, onde os homens diariamente colhem o látex, do qual, uma parte, produzem a borracha. Outra parte é repassada para as mulheres, que, sem precisarem abrir mão de suas atividades domésticas, fabricam o artesanato. Com a venda, elas obtêm uma renda própria, independente da renda do marido, que lhes assegura empoderamento e qualidade de vida.

Esta nova estratégia de produção está possibilitando o manejo e a reativação dos seringais nativos da Amazônia. As pessoas vivem em plena harmonia com a natureza, como sempre viveram. A floresta continua em pé. O ambiente não sofre nenhum tipo de agressão.

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Poloprobio

O Poloprobio é uma instituição que trabalha com produtores de látex nativo em toda a Amazônia e com a produção de encauchados de vegetais, uma técnica que permite aos seringueiros vulcanizar o látex à campo e produzir artefatos de borracha vulcanizada. Atua na área de desenvolvimento sustentado, pois conjuga ações transversais entre desenvolvimento econômico, meio ambiente, desenvolvimento comunitário e arte e cultura. O modelo de negócio de impacto positivo já foi premiado diversas vezes, inclusive, recentemente, o 1º Summit Climate Ventures reconheceu o projeto como um dos destaques de “Bons Negócios pelo Clima.”

A Encauchados comercializa seus produtos através de uma loja online, clique aqui para acessar.