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Nova Zelândia é o primeiro país a proibir sacolas plásticas

Para eliminar descartáveis, país passa a banir também sacos finos usados para frutas e vegetais

Nova Zelândia sacolas
Foto: Markus Spiske | Unsplash

Em 2019, a Nova Zelândia começou a banir sacolas plásticas em seus supermercados. Agora a proibição é estendida para os saquinhos plásticos finos usados para pesar frutas e vegetais. Ainda que medidas semelhantes já tenham sido adotadas em diversas cidades e estados, é a primeira vez que um país inteiro proíbe o uso de sacolas plásticas.

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Outro ponto interessante da iniciativa governamental é não se restringir aos sacos comuns: também foram proibidos os plásticos biodegradáveis e alternativos à base de plantas. Logo, os clientes deverão portar sacolas de malha, papel ou lona para transportar seus produtos – o foco é incentivar o uso de sacolas reutilizáveis.

A medida integra uma campanha mais ampla do governo contra os plásticos descartáveis, que inclui vários outros produtos, como a produção, venda e distribuição de pratos, tigelas e talheres descartáveis. Além disso, o setor hospitalar agora só poderá fornecer canudos descartáveis de plástico para pessoas com deficiência ou requisitos específicos de saúde. A mesma exceção é válida para a venda em farmácias ou outros locais de serviços de saúde. 

Impacto

As autoridades estimam que, em média, cada neozelandês envia mais de três quartos de toneladas de lixo para aterros todos os anos. “A Nova Zelândia produz muito lixo, muito lixo plástico”, disse a ministra adjunta do Meio Ambiente, Rachel Brooking.

embalagem de plástico frutas e vegetais
Foto: Maria Lin Kim | Unsplash

Com a proibição de 2019, segundo Rachel, o país já havia conseguido eliminar o uso de mais de 1 bilhão de sacolas plásticas, e a previsão, com a nova proibição de sacolas finas, é obter uma redução adicional de 150 milhões de sacolas por ano – o equivalente a menos 17 mil sacolas plásticas por hora.

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Os produtos plásticos descartáveis estão sendo banidos ou eliminados gradualmente – o governo disponibilizou um guia ilustrado com uma série de orientações, que inclui sugestões alternativas para cada item.

Produção gigante

O mundo produziu 460 milhões de toneladas de plástico em 2019, sendo que 353 milhões acabaram como resíduos. Menos de 10% do plástico fabricado foi reciclado, uma quantidade ínfima frente a um mar de plásticos que seguem poluindo o solo e as águas. O alerta é de um estudo divulgado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

No ar, na água, nos alimentos que consumimos e até nos órgãos humanos: já foram detectados microplásticos na placenta, no leite, no sangue, no pulmão e até no coração. A poluição por plásticos deixou de ser apenas uma ameaça ambiental e se tornou uma ameaça real à saúde. Confira aqui um projeto de lei brasileiro que está tentando frear os plásticos descartáveis, criando uma Economia Circular do plástico.

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