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sementes de palmeira-juçara
Foto: Divulgação

O Vale do Ribeira, localizado no sul do estado de São Paulo, está recebendo 10 toneladas de sementes de palmeira-juçara sem polpa. É uma ação do Programa Juçara, realizado pela Fundação Florestal para a manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica.

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As sementes estão sendo dispersadas ao longo de cinco Unidades de Conservação do Vale do Ribeira. São duas toneladas de sementes em 40 hectares de cada UC a seguir: os parques estaduais Lagamar de Cananéia (PELC), Turístico do Alto Ribeira (Petar), Intervales (PEI), Nascentes do Paranapanema (Penap) e Carlos Botelho (PECB).

sementes de juçara
A preservação da palmeira está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade local. | Foto: Fundação Florestal

O método de repovoamento usa um drone e helicóptero para realizar os lançamentos aéreos, imitando a chuva de sementes. Um ponto interessante do projeto é que as sementes são adquiridas de agricultores do entorno da Unidade – revelando uma outra ponta deste projeto: o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais da Palmeira-Juçara.

Projeto contínuo

Entre 2021 e 2022, foram repovoados 620 hectares em Unidades de Conservação, sendo 20 polígonos em 11 Unidades de Conservação, em UCs do Vale do Ribeira e núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar, em um total de 31 toneladas de sementes. Para 2023, a previsão é de 22 toneladas de sementes, para lançamento em 440 hectares até o final do ano.

juçara
Cacho da Palmeira-Juçara. | Foto: Saulo Souza

Após a dispersão, entre 6 e 10 meses, o projeto realiza o acompanhamento baseado no Protocolo de Monitoramento de Projetos de Restauração Ecológica da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais. Além disso, efetua estudos de germinação amostral, nas sementes adquiridas.

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Reflorestamento gera sustento

Além da questão ambiental, o programa procura modificar a cultura extrativista da palmeira-juçara ao desestimular o corte da árvore para a extração do palmito, oferecendo a opção de famílias obterem sustento por meio do cultivo e da venda da polpa de semente para o reflorestamento.

A preservação da palmeira está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade local. Sua semente e seu fruto servem de alimento para mais de 68 espécies, entre aves e mamíferos. Tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas são os principais responsáveis pela dispersão das sementes, enquanto cotias, antas, catetos e esquilos, dentre outros, se beneficiam das sementes e frutos.

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