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Horta em Brasília produz alimentos para famílias vulneráveis

Bola no pé e mãos na terra: uma escola social de futebol está ajudando a levar alimentos saudáveis para 150 crianças e jovens

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Foto: Divulgação | Emater-DF

A entrega gratuita de cestas básicas é uma medida muitas vezes adotada pelo poder público para atender às necessidades de famílias em vulnerabilidade social. Sem deixar de lado a importância de tais políticas, nos últimos anos diversas prefeituras têm adotado outra prática com maior potencial transformador: a implantação de hortas comunitárias voltadas às comunidades carentes. Um exemplo é a horta comunitária do Paranoá Parque em Brasília.

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A horta comunitária do Paranoá Parque foi criada em 2020 para envolver os pais das crianças e jovens mantidos pelo Instituto Social Maior no cultivo das hortaliças e limpeza do espaço, além de garantir alimentos saudáveis para a comunidade.

O Instituto Social Maior tem autorização legal da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e da Administração Regional do Paranoá para utilização de um espaço de 1.700 m² destinado à criação da horta. Com 300 m² de área cultivada atualmente, o espaço produz salsinha, cebolinha, alface, manjericão, ervilha, feijão, milho, banana, peixinho, couve, pimenta e outras variedades e hortaliças. Esses produtos são destinados às famílias de cerca de 150 crianças atendidas pelo instituto.

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Espaço possui 300 m² de área cultivada. | Foto: Divulgação | Emater-DF

Recentemente, o espaço recebeu insumos e ferramentas para cultivo de hortaliças do Programa de Agricultura Urbana Brasília Verde da Emater-DF. O apoio ao projeto se dá por meio de entrega de insumos, como adubo orgânico, calcário, fertilizantes, e ferramentas – enxada, enxadão, regador, luvas e ancinho – para uso no plantio das hortaliças.

“Antes desse apoio, nós trabalhávamos apenas com terra vermelha e terra queimada; agora conseguimos adubar e enriquecer o solo para o plantio, garantindo a produção de alimentos mais saudáveis”, afirma o presidente do instituto, Eduardo Santos de Abreu.

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Ampliar a produção

Abreu pretende elaborar um planejamento de plantio de hortaliças ao longo do ano e um projeto de fornecimento de água para uso na horta. Hoje, o espaço não tem água própria, o que representa um grande empecilho para ampliação do projeto, cuja expectativa é usar espaços livres do Paranoá Parque para implantação de pequenos canteiros produtivos.

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Espaço ganhou adubos e ferramentas para fortalecer projeto que envolve 150 crianças e jovens. | Foto: Divulgação | Emater-DF

“Sabemos que há hortas em que, na sua maioria, a comunidade colhe os produtos para o seu próprio consumo, mas também podem ser uma fonte de geração de renda, especialmente em comunidades de vulnerabilidade social”, observa o secretário executivo da Secretaria de Agricultura do DF, Rafael Bueno. “Somando-se a isso, temos um bom uso de áreas, em especial as públicas, onde não havia nenhuma atividade, e a comunidade utilizava irregularmente essa área como depósito de entulho. Atualmente, esses espaços tornaram-se produtivos”, complementa.

Ação social

A principal atividade desenvolvida pelo Instituto Social Maior é oferecer aulas de futebol para cerca de 150 crianças e jovens entre 6 e 18 anos inscritos no projeto. De acordo com Eduardo de Abreu, o esporte é uma maneira eficaz de aproximação do público infanto-juvenil e tirá-lo das ruas, da marginalidade e da criminalidade. Para as aulas de futebol, o projeto conta com o trabalho voluntário de oito professores que se dividem nas quadras poliesportivas do Paranoá Parque.

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O instituto tem o apoio do Sesc, da Ceasa-DF e do Ministério Público do DF na distribuição de cestas básicas e na manutenção da escola de futebol. Além disso, a entidade presta orientação jurídica voluntária aos pais do projeto. Dentre os serviços mais procurados, têm destaque direcionamentos para aposentadoria e documentos pessoais.

Com informações de Agência Brasília e Emater-DF