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Casa “funil” garante energia, água e regeneração do solo

Esta residência no Equador incorpora diversas práticas para um lar confortável com o mínimo de impacto ambiental

Casa Equador
Foto: André. V. Fotografia

Coletando água da chuva, a energia que vem do sol, ocupando um solo maltratado por pés de eucalipto para regenerá-lo. Assim a Casa Quinchuyaku se apresenta ao mundo. Uma residência projetada nas encostas de Ilaló, um vulcão inativo a 15 km de Quito, no Equador.

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Buscando integrar a construção à paisagem e geografia local, o arquiteto Emilio López concebe uma espécie de “residência em funil” com dupla abertura. Orientados leste-oeste, os dois lados abrem-se para a floresta, criando uma conexão com a natureza ao mesmo tempo que permitem a ventilação cruzada. Esta escolha garante um clima interno agradável sem a necessidade de sistemas de ar condicionado.

Casa Equador
Foto: André. V. Fotografia

A cobertura desta casa no Equador também é projetada para facilitar a coleta de água da chuva, que é armazenada em tanques e usada para suprir as demandas diárias. Enquanto isso, painéis solares fornecem 100% da energia elétrica com o suporte das baterias de armazenamento de energia.

Outro ponto interessante do projeto foi a opção por aderir à reutilização de materiais, somando 50% de materiais reciclados na casa. As escadas, balcões, vigas e colunas estruturais e até janelas e portas reaproveitadas de uma antiga casa reformada são exemplos disso. O resultado reflete-se não apenas em um impacto ambiental menor como também em um lar aconchegante – o famoso “casa com cara de casa”.

lar
Foto: André. V. Fotografia

No cotidiano, a residência realiza ainda a gestão correta dos resíduos por meio de um sistema de compostagem para os resíduos orgânicos da cozinha, além da instalação de um banheiro seco, que decompõe os dejetos humanos transformando-os em adubo para as plantas que estão sendo plantadas.

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Regenerando o solo

À primeira vista pode parecer estranho plantar árvores na área da Casa Quinchuyaku, já cercada pela vegetação. Entretanto, as encostas do Ilaló sofreram um forte processo erosivo, de acordo com o estúdio de arquitetura, de forma que um trabalho de regeneração do solo se faz necessário.

Casa Quinchuyaku
Foto: André. V. Fotografia

A uma altitude de 2.600 metros acima do nível do mar e com clima temperado seco, a casa integra-se a um projeto de substituição gradual da floresta de eucalipto existente por flora e fauna nativas. Atualmente, a água cinza (resultante de processos domésticos como lavar louça, lavar roupa e tomar banho) é usada para regar as mudas. Valas de infiltração para águas pluviais também buscam contribuir para melhorar as condições do solo do local nesta casa no Equador.

Casa Quinchuyaku
Foto: André. V. Fotografia

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