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Preservação das onças ganha força no Pantanal

General Motors anuncia investimento de R$ 1 milhão no Programa Felinos Pantaneiros

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Foto: Instituto Homem Pantaneiro

Em julho de 2022 fomos ao Pantanal para ver de perto o trabalho do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) pela preservação do bioma. Uma história de mais de 20 anos, que começou com a luta do Coronel Ângelo Rabelo contra a caça dos jacarés na década de 80 e deu origem à uma das mais importantes organizações da sociedade civil que atua na região, preservando a natureza e a cultura local.

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Fundado em 2002, IHP é hoje responsável pela gestão da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar, ou Rede do Amolar, uma área de 276 mil hectares, dos quais 201 mil são legalmente protegidos. A história do instituto nasceu de parcerias importantes com o Instituto Acaia Pantanal, Fazenda Santa Tereza, Fundação Ecotrópica e Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense/Instituto Chico Medes (ICMBio) e Polícia Militar Ambiental.

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Sede do IHP com a Serra do Amolar ao fundo, no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Foto: Divulgação | GM

E é graças a novas parcerias que o trabalho continua. Desde março de 2022, a General Motors apoia o programa Felinos Pantaneiros, iniciativa do IHP para proteção das onças, espécie icônica do Pantanal. Em março, além de aporte financeiro, a empresa entregou uma picape Chevrolet S10 Z71 para garantir o acesso da equipe a todas as áreas de atuação do programa.

Atualmente, o projeto impacta seis propriedades localizadas na região de Miranda (MS), onde a densidade populacional das onças-pintadas chega a 6,7 onças a cada 100 km², e na Serra do Amolar, onde há 8,3 felinos para cada 100 km².

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Foto: Instituto Homem Pantaneiro

O aporte financeiro inicial e a doação da primeira picape já trouxeram resultados importantes: foram mais de 15 mil quilômetros rodados em 3 regiões do Pantanal para atividades em fazendas e ações de educação ambiental em 3 cidades do Mato Grosso do Sul, impactando mais de 500 pessoas; 2 publicações científicas publicadas; a participação de Diego Viana, veterinário e coordenador do programa Felinos Pantaneiros, em uma expedição na Serra da Capivara em parceria com o ICMBIO; e 7 ações de monitoramento de onças-pintadas na região da Serra do Amolar.

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Nelson Silveira, diretor de comunicação GM América do Sul, afirma que a empresa não é apenas patrocinadora, mas uma parceira do IHP na preservação do Pantanal e, em especial, na defesa das onças. “A parceria com o IHP é uma forma de nos envolvermos com todos os elos dessa complexa cadeia que garante a sustentabilidade do bioma, como os produtores rurais, conservacionistas e a própria população pantaneira. Os laços com o Pantanal fazem parte de uma estratégia de longo prazo, que nos enche de orgulho e senso de pertencimento”, afirma Nelson.

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Com a ampliação da parceria, equipe do IHP vai ter duas picapes S10 Z71 para percorrer o Pantanal. Foto: Divulgação | GM

Como prova deste compromisso de longo prazo, a montadora anunciou, no final de novembro, a ampliação de seu apoio ao Felinos Pantaneiros. No evento, realizado na Fazenda Alegria, foi realizada a entrega de mais uma picape Chevrolet S10 Z71 e confirmado um novo aporte financeiro para 2023, que custeará atividades científicas e de educação ambiental do projeto.

Serão investidos cerca de R$ 1 milhão nos dois primeiros anos de parceria, incluindo investimentos diretos e a cessão das picapes que garantem o acesso às regiões pantaneiras mais remotas. A ampliação da parceria já trouxe resultados imediatos, como a contratação de mais 2 integrantes: o biólogo Werner Hugo e a veterinária Mariana Queiroz.

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Nelson SIlveira, diretor de comunicação GM América do Sul, entrega a segunda picape para Angelo Rabelo, presidente do IHP. Foto: Divulgação | GM

“Nós tínhamos realmente uma limitação operacional. Com a chegada do primeiro carro pudemos atender os casos mais antigos e urgentes que representavam um risco para os felinos. Já temos resultados práticos com o primeiro carro. Agora recebemos mais uma picape que vai ampliar ainda mais a nossa atuação”, conta Angelo Rabelo.

Coexistência

O programa Felinos Pantaneiros aposta na coexistência entre onças e humanos para preservar a espécie. Fazendeiros que antes viam nos animais uma ameaça ao seu rebanho, aprendem como manter as onças afastadas, usando soluções simples como cercas elétricas posicionadas corretamente e repelentes luminosos, equipamentos que piscam de maneira aleatória confundindo e mantendo as onças longe do gado.

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Foto: Instituto Homem Pantaneiro

“O Felinos Pantaneiros atua fomentando um relacionamento mais sustentável entre seres humanos, suas atividades econômicas e os grandes felinos, como a onça-pintada e a onça parda. O IHP estuda e monitora o comportamento dos animais, engajando diversos atores econômicos da região. Por meio de ações de educação ambiental e aplicação de mecanismos de manejo, como o uso de repelentes luminosos e cercas elétricas, é possível estabelecer uma coexistência mais harmoniosa entre seres humanos e a biodiversidade local’’, garante o Coronel Rabelo, presidente do IHP.

Em uma das fazendas atendidas pelo projeto, os incidentes envolvendo onças e o rebanho caíram mais de 35% após a aplicação das técnicas de manejo. O veterinário Diego faz questão de explicar que os choques das cercas elétricas são inofensivos aos animais e que não existe um só registro de onças mortas pelo equipamento.

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Onças “capturadas” por armadilha eletrônica. Foto: Instituto Homem Pantaneiro

Os benefícios do projeto também se estendem para as comunidades ribeirinhas, profissionais das fazendas e associações do agronegócio, que são envolvidos em conversas de conscientização nas quais são apresentadas informações científicas sobre o comportamento das onças, o uso e ocupação do habitat, além de abordar estratégias de convívio seguro e sustentável.

Desde o início da parceria com a GM, o programa passou a atender 3 novas fazendas e possui novos parceiros em pesquisa, incluindo a Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica, o Sindicato Rural de Corumbá, o Laboratório de Pesquisa de Mamíferos da Universidade do Ceará e o CENAP (Projeto Parna Serra da Capivara e Projeto Parna Pantanal).

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O mapeamento das áreas onde as onças circulam e o estudo sobre seu acompanhamento ajudam a evitar interações negativas com humanos. Foto: Divulgação | GM

Parcerias positivas

Uma característica do trabalho do IHP é o relacionamento direto e transparente com outros atores do cenário pantaneiro. A equipe do programa realiza palestras, visitas técnicas e orienta fazendeiros e ribeirinhos sobre a preservação e importância da onça. “Nós apresentamos as soluções, mas o protagonismo da ação vem das comunidades e fazendeiros”, conta Diego. “Falar da proteção das onças em organizações rurais já é uma vitória. Percebemos que produtores rurais querem uma parceria e nós somos parceiros e também somos produtores, produtores de natureza”.

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Gado pantaneiro, criado em pastagens naturais. Foto: Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO)

Eduardo Cruzetta, presidente da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), é um dos que defendem a união entre ambientalistas e fazendeiros. “Esse programa do IHP oferece uma forma de evitar a predação do nosso gado pelas onças, fazendo com que os grandes felinos fiquem longe do rebanho. Isso preserva a nossa atividade econômica e também nossa biodiversidade”, explica.

Cruzetta conta que sua fazenda, a Santa Fé do Corixinho, já recebeu a visita da equipe do programa Felinos Pantaneiros e está aguardando o diagnóstico para saber quais tecnologias deve adotar para proteger as onças e o gado. “No final, quem vai valorizar esta iniciativa é o consumidor, com as suas escolhas. É preciso comunicar que estamos produzindo de maneira orgânica e sustentável e sem matar onças. Isso é motivo de orgulho!”, afirma o pantaneiro.

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Foto: Instituto Homem Pantaneiro

É importante destacar que a preservação das onças traz ainda um impacto importante na geração de renda para fazendeiros e comunidades do Pantanal, já que o ecoturismo vem ganhando espaço ano após ano como atividade econômica e depende diretamente da preservação da fauna e flora locais.

Equipe de resgate

Além do trabalho realizado nas fazendas e comunidades ribeirinhas, o apoio da GM permitiu ao programa Felinos Pantaneiros oferecer para moradores de áreas urbanas o apoio de uma equipe de resgate. Muitas onças que eram encontradas nestas áreas acabavam mortas pela população. “Agora estamos com uma equipe de resgate com três veterinários e equipamentos como anestésicos e armas de precisão para ajudar na captura destes animais e transporte para lugares onde eles não sofram ameaças ou ameacem a população”, diz Rabelo.

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JouJou, onça resgatada pelos veterinários do IHP durante as queimadas no Pantanal. Foto: Facebook | Instituto Homem Pantaneiro

“A onça é o símbolo da fauna na América do Sul. Preservar a biodiversidade é um dever compartilhado entre toda a sociedade, incluindo nós, que somos uma companhia com presença centenária no Brasil”, completa Nelson Silveira.

Preseça nos biomas brasileiros

A GM tem ações de preservação em outros biomas brasileiros. Com suas fábricas inseridas em regiões de Mata Atlântica, 100% das unidades da GM no país possuem a certificação do Wildlife Habitat Council (WHC), que atesta a sustentabilidade das operações, o engajamento com educação ambiental e o aprimoramento da biodiversidade nas propriedades corporativas.

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Foto: Natasha Olsen

Apenas na Mata Atlântica, a companhia mantém mais de 50 projetos de educação, manutenção e monitoramento da biodiversidade. Já foram mapeadas mais de 500 espécies de plantas e mais de 200 espécies animais, entre mamíferos e aves. Além das ações de educação ambiental que já alcançaram mais de 10 mil estudantes e professores desde 2011.

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Foto: Instituto Homem Pantaneiro

Em 2022, a montadora passou também a investir diretamente em projetos de outros biomas, como o Pantanal e a Amazônia. Além do apoio ao Felinos Pantaneiros, a companhia anunciou em julho a cessão de duas picapes Chevrolet S10 e o aporte financeiro para ações da Conservation International de recuperação da biodiversidade na região do Tapajós (PA).

Quer colaborar com o Instituto Homem Pantaneiro?

O Instituto Homem Pantaneiro é uma organização sem fins lucrativos que depende de parceiros e contribuições para continuar o seu trabalho e ampliar suas ações. No site do IHP é possível se candidatar a trabalhos voluntários ou propor parcerias.

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Coronel Angelo Rabelo, presidente e fundador do IHP. Foto: Divulgação | GM

Outra maneira de colaborar é conhecer o Pantanal. Por meio do Programa Amolar Experience, é possível visitar áreas de preservação no bioma, com todo o suporte da equipe do Instituto Homem Pantaneiro e pacotes personalizados. Os investimentos no ecoturismo são revertidos para as atividades de proteção e conservação dessas áreas e para os agentes locais que participam das experiências oferecidas pelo programa. Viajantes e empresas podem acessar os serviços e produtos do Programa Amolar Experience pelo WhatsApp: + 55 (67) 99946 5515.

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Conhecer o Pantanal com um dos pacotes de ecoturismo do Programa Amolar Experience é uma das maneiras de contribuir com a preservação do Bioma. Foto: Divulgação | GM

Quem quiser, pode fazer doações em dinheiro para apoiar o trabalho do IHP pelo PIX 16575853/0001 91 (CNPJ do Instituto Homem Pantaneiro).

A nossa editora Natasha Olsen viajou ao Pantanal a convite da General Motors.