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Como podemos nos engajar na luta contra a seca no Brasil?

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, aproximadamente 15% do território brasileiro está ameaçado pela seca e desertificação

seca brasil
Paraíba, no Nordeste do Brasil. Foto: Bruno Souza na Unsplash

Em junho, no dia 17, celebramos o Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação, que nos lembra da importância de enfrentar um dos desafios mais urgentes do nosso tempo: a degradação do solo e a escassez de água. Nessa luta, não só governos, mas também as empresas têm um papel fundamental a desempenhar, utilizando sua influência e recursos para promover práticas sustentáveis e combater a desertificação.

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Embora seja verdade que há empresas que tenham contribuído para a degradação ambiental, existem também aquelas que se destacam por suas ações positivas. Um exemplo inspirador é a empresa brasileira de cosméticos Natura, que desenvolveu o programa “Amazônia Viva”. Esse projeto tem como objetivo valorizar a biodiversidade da região amazônica, envolvendo a comunidade local e promovendo a conservação do solo. Por meio de parcerias com agricultores familiares, a Natura implementa técnicas de agricultura sustentável, reflorestamento e restauração de áreas degradadas, contribuindo para a preservação da floresta e a luta contra a desertificação.

O tamanho do problema

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Com emissões no patamar atual, temperatura média pode subir até 4°C em algumas regiões da América do Sul. Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil

No entanto, mesmo com iniciativas positivas como essas, o Brasil enfrenta sérios problemas relacionados à desertificação e à seca. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, aproximadamente 15% do território brasileiro está ameaçado pela desertificação. Os biomas mais afetados são a Caatinga, o Cerrado e a região semiárida do Nordeste. A degradação do solo nessas áreas é resultado da combinação de fatores como o desmatamento, a agricultura não sustentável, o uso intensivo de água e as mudanças climáticas.

Os impactos da seca, principalmente na região nordeste do Brasil, são alarmantes. A escassez de água compromete a segurança alimentar, prejudica a saúde da população, provoca migrações forçadas, afeta a economia local e amplia as desigualdades sociais. Além disso, a seca está diretamente relacionada ao aquecimento global, um fenômeno que agrava a frequência e a intensidade dos períodos de estiagem.

Articulação para enfrentar a seca e a desertificação

Diante dessas complicações, é fundamental que as empresas assumam sua responsabilidade e se engajem na luta contra a desertificação e a seca. Isso pode ser feito por meio da implementação de práticas sustentáveis em suas cadeias de produção, do investimento em tecnologias de conservação do solo e do uso eficiente da água, além do apoio a projetos de reflorestamento e restauração de áreas degradadas.

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No entanto, não basta apenas iniciativas privadas agirem isoladamente. É necessário um esforço conjunto envolvendo organizações civis, governos e sociedade como um todo. A conscientização, a educação ambiental e o incentivo a políticas públicas eficientes são medidas essenciais para combater a desertificação e a seca de forma abrangente e efetiva.

torneira seca
Foto: Jouni Rajala | Unsplash

Um exemplo de ação realizada por uma organização civil é o CEPAN (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste). A iniciativa tem entre suas atividades a restauração florestal na Chapada do Araripe, na caatinga de estados nordestinos e tem parte de seu financiamento financiamento realizado pela plataforma da socialtech catarinense Doare – quem puder e quiser contribuir, pode clicar AQUI e fazer uma doação.

Além dos plantios com semeadura direta, também foram realizadas intervenções com condução da regeneração natural, plantio de mudas e implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Já foram trabalhadas áreas pertencentes a cinco municípios diferentes entre Pernambuco, Piauí e Ceará.

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No mês em que celebramos o Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação, é preciso lembrar que a preservação dos recursos naturais e a promoção de práticas sustentáveis são responsabilidades de todos. Somente através de um engajamento conjunto poderemos enfrentar esses desafios, proteger o meio ambiente e garantir um futuro mais sustentável para as gerações presentes e futuras.

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Foto: Doare