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Horta em penitenciária de Goiânia vai contribuir com a reabilitação de detentos

A atividade também serve como terapia ocupacional dos presos, que podem aprender uma profissão.

horta penitencária
Equipe da Assistência Técnica Rural e Fomento à Agricultura Familiar da Sedec | Foto: Divulgação Sedec

Uma parceria entre a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), e Governo do Estado de Goiás, resultou na implantação do projeto Horta Comunitária na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. A medida objetiva contribuir com a reabilitação de detentos. A atividade também serve como terapia ocupacional dos presos, que podem aprender uma profissão.

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“A iniciativa de implantar o Horta Comunitária partiu da direção do presídio Odenir Guimarães, depois de conhecer o projeto desenvolvido pela Sedec, que já distribuiu mais de 22 toneladas de alimentos”, explica o secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Silvio Sousa. “Essa atividade representa uma ocupação produtiva para os detentos, que têm a oportunidade de aprender uma profissão”, destaca.

Um hectare de terra, dentro do presídio, foi dividido em dois canteiros para o plantio inicial de quatro mil mudas de jiló, alface, rabanete, rúcula e espinafre. A colheita deve acontecer daqui a 60 dias. A expectativa é de que a produção alcance, nesse primeiro momento, a marca de 1,2 mil quilos de hortaliças. Parte do que será produzido será para complementar a alimentação dos detentos e o restante será destinado ao Banco de Alimentos da Prefeitura de Goiânia.

Inicialmente, 10 presos recebem qualificação profissional para o trabalho na agricultura. “Aqui, os detentos aprendem sobre o manejo da terra e como fazer a manutenção das hortas para produzir o alimento”, explica o gerente de Assistência Técnica Rural e Fomento à Agricultura Familiar da Sedec, Weliton Carlos Pereira.

“Esse é um projeto que serve de modelo para o restante dos presídios do Estado. Dessa forma, a gente consegue aumentar a quantidade de detentos no trabalho e ter um alcance social satisfatório no processo de ressocialização das pessoas”, destaca a coordenadora regional dos presídios da Região Metropolitana de Goiânia, Aline Scaglia.

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O detento E.F.S, de 61 anos, é engenheiro agrônomo e cumpre pena de quase 10 anos. Ele foi um dos selecionados para trabalhar na Horta Comunitária. “Só tenho a agradecer pela oportunidade de voltar a exercer minha profissão com a terra, algo de que gosto tanto e estava sentindo saudades deste trabalho”, comenta.