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MIT cria sistema de resfriamento que funciona sem energia elétrica

Pesquisadores do MIT desenvolveram um sistema de resfriamento passivo que pode ser usado em lugares sem acesso à energia solar.

resfriamento passivo MIT
Protótipo do sistema instalado na sede do MIT | Foto: Divulgação / MIT

À medida que o mundo esquenta, o uso de sistemas de ar condicionado que consomem muita energia deve aumentar significativamente, sobrecarregando as redes elétricas e deixando muitos lugares remotos sem energia confiável. Pensando nisso, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram um sistema inovador que oferece uma maneira de usar o resfriamento passivo que pode tanto ser usado em lugares remotos, sem acesso à energia elétrica, como também para ajudar o sistema de resfriamento de ar em edifícios convencionais.

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A ideia principal da pesquisa é gerar condicionamento suficiente para ajudar a reduzir as perdas de alimentos em colheitas por deterioração em partes do mundo que já sofrem com o suprimento limitado de alimentos. O sistema não precisa de energia para funcionar e necessita apenas de uma pequena quantidade de água.

O formato do equipamento se assemelha bastante com uma placa solar. O sistema combina resfriamento radiativo, resfriamento evaporativo e isolamento térmico, e é capaz de resfriar o ambiente em cerca de 9°C, o suficiente para permitir o armazenamento seguro de alimentos. 

Na prática, o dispositivo poderia se assemelhar a um painel solar convencional, mas em vez de fornecer eletricidade, forneceria resfriamento diretamente, por exemplo, atuando como o teto de um contêiner de armazenamento de alimentos. As descobertas foram relatadas na revista Cell Reports Physical Science.

“Essa tecnologia combina alguns dos bons recursos das tecnologias anteriores, como resfriamento evaporativo e resfriamento radiativo”, diz Zhengmao Lu, um dos autores da pesquisa. Ao usar essa combinação, diz ele, “mostramos que você pode alcançar uma extensão significativa da vida útil dos alimentos, mesmo em áreas com alta umidade”, o que limita as capacidades dos sistemas convencionais de resfriamento evaporativo ou radiativo.

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Reduzindo a conta de luz

Em locais que já possuem sistemas de ar condicionado em prédios, o novo sistema pode ser usado para reduzir significativamente o consumo de energia nestes sistemas, enviando água fria para o condensador. “Ao diminuir a temperatura do condensador, você pode efetivamente aumentar a eficiência do ar condicionado, de forma que você pode economizar energia”, diz Lu.

“A novidade aqui é mesmo só juntar os raios recurso de resfriamento ativo, o recurso de resfriamento evaporativo e também o recurso de isolamento térmico, todos juntos em uma arquitetura”, explica Lu. O sistema foi testado, usando uma versão pequena, com apenas 4 polegadas de diâmetro, no telhado de um prédio do MIT, provando sua eficácia mesmo em condições climáticas abaixo do ideal, diz Lu, e atingindo 9,3 C de resfriamento.

Embora os outros materiais usados no sistema estejam prontamente disponíveis e sejam relativamente baratos, as propriedades do material aerogel, que é chave para a eficiência geral do sistema, é atualmente caro de se produzir, diz Lu, “o aerogel é o único material que é um produto de laboratório que requer maior desenvolvimento em termos de produção em massa”. E é impossível prever quanto tempo esse desenvolvimento pode levar antes que esse sistema possa ser prático para uso generalizado, diz ele.

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