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Estudantes criam impressora 3D com material reciclado

Equipamento desenvolvido pelos estudantes de Mecatrônica será utilizado na produção de materiais didáticos.

impressora 3D

Do Portal do Governo de SP

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A Escola Técnica Estadual (Etec) Sylvio de Mattos Carvalho, de Matão, município de São Paulo, poderá produzir materiais pedagógicos, como objetos para aulas de geometria, réplicas de órgãos do corpo humano para o ensino de biologia e protótipos para os cursos de Enfermagem, Mecatrônica e Mecânica. Tudo isso pode ser feito na impressora 3D que um grupo de estudantes desenvolveu como atividade acadêmica.

A novidade ofereceu oportunidades para a comunidade escolar porque o equipamento foi desenvolvido por alunos do último módulo do curso técnico de Mecatrônica e do terceiro ano do curso de Mecatrônica integrado ao Ensino Médio. O experimento fez parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de um grupo formado por setes alunos das duas modalidades.

Inovação

A tecnologia 3D permite a criação de objetos com rapidez e precisão a partir de um desenho feito em computador. A matéria-prima para construir a máquina veio de equipamentos e peças recicladas, como impressoras, madeiras e metais, além de alguns componentes que foram comprados pela internet.

O professor Ariovaldo Sano apresentou a ideia do projeto-piloto da impressora aos alunos há um ano e um grupo interdisciplinar aderiu à ideia. Orientada pelo educador, a equipe desenvolveu o equipamento que funciona por meio da técnica de extrusão.

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“O sistema consiste no derretimento de material plástico que, depois de fundido, é injetado numa superfície por meio de camadas até adquirir o formato tridimensional”, explica o docente. O primeiro objeto criado pela impressora 3D foi um troféu para premiar a equipe campeã da gincana realizada durante a festa de halloween, promovida pela Etec em 2019.

Experiência prática

Como a experiência foi positiva com os alunos de Mecatrônica, Ariovaldo Sano avalia que a ideia poderá ser adaptada como projeto interdisciplinar no currículo do curso. Segundo o educador, atividades práticas que trazem resultados concretos têm um forte apelo para motivar os jovens.

“O estímulo nos cursos do Ensino Técnico Integrado ao Médio (Etim) é fundamental porque, às vezes, o aluno se interessa pelo Ensino Médio, mas não tem vocação para a área técnica. Um projeto como o da impressora 3D pode despertar esse propósito”, explica o professor.

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O docente avalia que o projeto pode ainda ser aplicado por meio da metodologia ativa Project Based Learning (BPL), adotada pelo Centro Paula Souza. A prática procura estimular a autonomia dos alunos, por meio de desafios como a criação de soluções para problemas propostos.

Para a coordenadora pedagógica da Etec de Matão, Ana Cláudia Câmara, o projeto para criação da impressora piloto foi bem-sucedido porque trabalhou a interdisciplinaridade e mobilizou o interesse dos estudantes. “Esse é um tipo de desafio que encanta os jovens porque permite que eles identifiquem uma função prática para o conteúdo que estão estudando”, salienta.

Participaram do TCC os alunos Caio Chanes, Eric Ortolan, Guilherme Henrique Lavezzo, João Victor dos Santos, José Ricardo Lindolpho, Pâmela Araújo e Vinicius Carrino, sob a orientação dos professores Edgar Coroa, Wesley Soares, José Torini, Reginaldo Garcia e Ariovaldo Sano.