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Robô aspirador aquático coleta 21 mil garrafas plásticas em 1 dia

Este robô marinho foi projetado para ajudar a limpar os rios, evitando que os resíduos cheguem aos oceanos

Aquadrone
Foto: Divulgação

Um robô aquático foi desenvolvido para ajudar a remover entulhos plásticos, microplásticos, óleos e outros detritos flutuantes da superfície da água. Trata-se do “WasteShark” – um modelo compacto, ágil e totalmente elétrico criado pela startup holandesa RanMarine Technology.

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A ideia de Richard Hardiman, que desenvolveu o produto, surgiu após observar o trabalhoso empenho de dois homens que lutavam para coletar lixo nas águas enquanto o vento soprava os resíduos para o lado oposto.

Como agilizar o processo de limpeza de forma mais prática? Para Richard a solução é uma espécie de robô aspirador dos mares. Também chamado de “aquadrone”, o WasteShark possui a forma de um catamarã, sendo inspirado na boca larga de um tubarão-baleia.

Foto: © Nick Kindon | WWF-UK

O veículo autônomo pode coletar até 500 kg de detritos por dia ou o equivalente a consumir cerca de 21 mil garrafas de plástico.

Ele pode vagar por oito horas a 10 horas com uma carga. Quando abastecido, o dispositivo volta à costa para recarregar suas baterias e depositar o lixo coletado que será separado para reciclagem ou descarte responsável, a depender do resíduo.

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O caminho traçado pelo WasteShark pode ser programado e monitorado remotamente. Junto à remoção de resíduos, o veículo pode coletar dados importantes sobre o ambiente marinho.

Interceptando o lixo

Por ser elétrico, ao navegar na água, o aquadrone não gera emissões poluentes, não produz ruídos ou poluição luminosa e não representa uma ameaça para a vida selvagem – ao menos para grandes animais. O produto move-se pela água de forma lenta, de forma que patos e cisnes, por exemplo, nadam para longe sem dificuldades. Para afirmar se de fato trata-se de uma solução de baixo impacto seria preciso uma auditoria externa. 

O WasteShark foi projetado especialmente para uso em portos, limpando docas, canais e estuários. O foco é interceptar os resíduos antes que eles cheguem aos oceanos. Durante a coleta de lixo, pequenas amostras de água também são coletadas para análise: “A água está ficando mais limpa? Está mudando? Existe uma potencial proliferação de algas?”, estas são algumas das indagações que Richard Hardiman busca responder. 

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A empresa também já mencionou um plano de combinar a tecnologia aquática com o drone aéreo no futuro, o que ajudará a detectar os resíduos a serem coletados. De maneira que até mesmo pequenas quantidades de óleo ou gasolina poderão ser identificadas. 

Teste em Londres

Recentemente, o produto foi testado em Canary Wharf, um distrito financeiro localizado às margens do rio Tâmisa em Londres, na Inglaterra, como parte de um projeto para limpar a área e torná-la um ambiente mais saudável e biodiverso.

Segundo a jornalista Hannah Brown, do site Euronews Green, atualmente, apenas 14% dos rios ingleses encontram-se em bom estado ecológico. As hidrovias do país são atormentadas pela poluição da agricultura, esgoto, estradas e plásticos descartáveis.

Estima-se que oito milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos a cada ano, parte dos resíduos chegam por meio dos rios poluídos das cidades. Por isso, frear a produção e descarte de tais resíduos é o passo mais importante para reverter o cenário de caos. Mas, enquanto isso, empresas estão desenvolvendo soluções que podem contribuir para a limpeza dos rios. Já falamos aqui da lixeira flutuante, criada na Austrália, e das invenções do jovem holandês Boyan Slat.

aquadrone
Foto: Divulgação