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Programa combina produção de leite com práticas regenerativas

Cuidado com o solo, com a água e com o bem-estar animal são pilares do Nature por Ninho

Nature por Ninho
Fazenda Retiro, em Goiás, inclui boas práticas de bem-estar animal. | Foto: Marcia Sousa | CicloVivo

Produzir alimentos enquanto devolve ao solo tudo o que foi retirado dele. É o que propõe o programa Nature por Ninho, que está apoiando produtores de leite a adotarem práticas regenerativas em suas fazendas. À convite da Nestlé, o CicloVivo visitou a fazenda Retiro, localizada em Gameleira, Goiás, um exemplo na implementação de boas práticas.

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Certificada com o “padrão ouro”, no âmbito do programa proposto pela Nestlé, a fazenda Retiro inclui a conservação dos recursos hídricos, ações de saúde e bem-estar animal, além de adoção da agricultura regenerativa. Tais práticas buscam aumentar a biodiversidade e saúde do solo por meio do cultivo mínimo, do plantio de cobertura, diversidade e rotação de culturas, além de medidas de manejo e inclusão de dejetos na fertilização do solo.

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Fazenda Retiro em Gameleira, Goiás. | Foto: Divulgação

Tocada pelo casal Valdinei Pereira Dutra e Jane Moraes Dutra Pereira, a fazenda Retiro é um negócio rural. São mais de sete famílias que hoje dependem do empreendimento. “Vivemos desta atividade do leite que não é fácil. A parceria com a Nestlé, que tem mais de 10 anos, trouxe boas práticas e eu sempre acreditei. Foi um grande desafio, mas sempre ‘abraçamos’ para nos adequar”, relata Valdinei. “Se sai um leite de qualidade aqui, o consumidor terá acesso a esse produto”, completa.

O filho de Valdinei, Gustavo Henrique Lobo Dutra, foi estudar em Anápolis, formou-se em Engenheira Civil e voltou à fazenda na pandemia. Não largou mais. Ganhou uma consultoria da Nestlé e passou a fazer parte da gestão do negócio com mais segurança. “Hoje trabalhamos com caixa, conseguimos planejar os gastos. Investimos em genética, conforto térmico (para os animais), monitoramento de dados”, elenca Gustavo.

Regenerar, um caminho sem volta

A fazenda Retiro abrange uma área de 186 hectares, contando com áreas arrendadas para produzir alimentos. A fazenda produz majoritariamente 90% dos insumos que todos os animais ali presentes se alimentam.

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Há plantio de milho e soja, por exemplo, e uma das práticas regenerativas para garantir a saúde do solo é a adoção da rotação de culturas. Esta técnica, que difere da monocultura, consiste basicamente em plantar espécies diferentes em uma mesma área. Desta forma, há períodos de plantio de milho, outros de soja, nas entressafras são produzidos milheto, braquiária ruzizienses e até tomate já foi testado.

“Cada planta desenvolve a sua função, para baixo e acima do solo. Então, temos plantas que são responsáveis pela fixação do nitrogênio, como é o caso da soja, temos plantas que fazem a ciclagem de nutrientes, que incorporam fósforo, potássio”, explica Barbara Sollero, zootecnista e gerente de Milk Sourcing da Nestlé.

Ela prossegue explicando que a ciência da regeneração ressalta a necessidade de aproveitar ao máximo o potencial de cada uma das plantas, de forma que elas tragam vida para o solo e os produtores reduzam a dependência de adubos químicos e agrotóxicos.

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Barbara Sollero, da Nestlé, explica práticas regenerativas na fazenda Retiro, em Goiás. | Foto: Divulgação

Outras práticas incluem o plantio direto, que consiste no menor revolvimento do solo. Isso porque enquanto as plantas crescem, elas respiram carbono e incorporam no solo. É importante ao longo do ano manter o solo coberto, de forma a reter esse carbono. “O cultivo mínimo é importante para a gente não revolver o solo e devolver para atmosfera todo o carbono capturado”, ressalta Sollero.

O resíduo da palhada, usado na fazenda, cumpre essa função de proteger o solo e o milho crescente é o exemplo vivo da importância da preparação do solo. “A palhada permite uma umidade necessária para a semente germinar. Então, essa palhada é responsável por incorporar a matéria orgânica e por manter o carbono no solo”, afirma Sollero.

Além de reter a umidade, a palhada protege o solo da ação direta dos raios solares. Esse fator é especialmente importante em períodos de seca prolongada, como o qual a região passou nos últimos tempos: foram sete meses sem chuva.

“Na monocultura, temos uma infestação alta de um único inimigo natural e temos que, cada vez mais, usar os defensivos para combatê-los. Quando a gente faz essa rotação, e essa diversidade, o inimigo que é de um vem e combate o outro. A gente favorece o efeito natural dessa cadeia alimentar”, salienta.

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Foto: Marcia Sousa | CicloVivo

Os efeitos positivos são constatados por Valdinei. “500 quilos de adubo químico, por hectare, foram reduzidos para 130 de unidades de fertilizantes fosfatados. Já são dois anos de transição e a meta é mais um ano para eliminar de vez o uso de químicos”, diz. Ele também afirma que, além de mais saudável ao solo, o uso de adubos orgânicos gera economia ao bolso.

“Em um ano como esse difícil, com pouca chuva, a gente vê a diferença nas áreas onde foram feitas a cobertura. A umidade está mais próxima. O rendimento é outro. Em áreas onde tivemos que mexer, a gente vê que a planta teve uma deficiência, teve mais perdas de sementes. Então, é um caminho sem volta: o produtor tem que se adequar, fazer cobertura, proteger o solo”, completa.

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O programa incentiva e remunera produtores e parceiros a adotarem práticas sustentáveis e regenerativas, contribuindo para a jornada de neutralização das emissões de carbono.

Atualmente, 176 fazendas já estão classificadas nas categorias Prata e Ouro. São mais de 14 milhões de litros de leite produzidos por mês, em mais de 11 mil hectares, que já vêm adotando práticas de agricultura e pecuária regenerativas.

Em dois anos de programa, a economia foi de 75 milhões de litros de água. Para o sucesso do programa, além de capacitar os produtores, a Nestlé uniu-se a empresas como a Embrapa, que traz a ciência como ponto de sustentação para cada ação. E a companhia garante: todo o conhecimento que gera é aberto para que toda a indústria cresça junto.

Para aproximar o consumidor das práticas realizadas nas fazendas, a Ninho está lançando embalagens comemorativas com o mote “A Diferença que vem da fazenda” para celebrar mais de 300 milhões de copos de leite vindos de fazendas que adotam práticas avançadas de agricultura regenerativa.

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Novas embalagens Ninho que contam sobre práticas regenerativas nas fazendas de leite. | Foto: Divulgação

“Acreditamos que as práticas sustentáveis e regenerativas incentivadas pela Nestlé vem transformando a produção de leite nacional. A marca Ninho tem um papel relevante nessa jornada de transformação e no futuro dos nossos brasileirinhos. As embalagens comemorativas visam aproximar do consumidor o trabalho e pioneirismo que estão
sendo feitos no campo e conscientizá-lo sobre a importância do cuidado com o meio ambiente”, explica Stephanie Arnesen, diretora de Lácteos na Nestlé Brasil.

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Foto: Divulgação
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O Nature por Ninho integra o compromisso da Nestlé de, no Brasil, obter 30% das principais matérias-primas (leite, café e cacau) por meio de práticas regenerativas até 2025.

“Todos os estudos mostram que só manter o que temos hoje não vai ser suficiente. A gente precisa regenerar, que nada mais é do que devolver mais do que a gente tirou nesse tempo. A forma como o solo vinha sendo cultivado, ao longo do tempo, era um modelo que ainda não tinha esse olhar regenerativo. Então, a forma como o produtor também está olhando para esse solo está sendo transformado ao longo dessa jornada”, conclui Barbara.