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Aldeia Krahô expressa ancestralidade com produção artesanal

Sementes e casca de árvores são matérias-primas naturais de aldeia indígena do Cerrado

A natureza é sagrada assim como muitos objetos criados com elementos naturais. | Foto: Theo Grahl | Artesol

A Aldeia Krahô, no Tocantins, é um povo indígena do Cerrado brasileiro que possui uma rica cultura ritual, espiritual e de musicalidade. O povo Krahô domina técnicas ancestrais de tecelagem e trançados, onde produzem cestos, bolsas, esteiras, pulseiras, colares, gargantilhas, brincos e instrumentos musicais. Todos esses itens levam em sua composição matérias-primas naturais, como a semente de buriti, tucum, casca do cajá, casca do pau-brasil, semente de tiririca e várias outras.

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Além do valor cultural, um aspecto importante da produção indígena é a sustentabilidade. Uma das grandes contribuições destes povos para nossa sociedade é sua forma de se interrelacionar com a paisagem onde vivem. Na compreensão indígena, homens, árvores, serras, rios e mares são um corpo, com ações interdependentes. Por isso, a natureza é sagrada, assim como muitos objetos criados com elementos naturais.

Krahô artesol
São 120 artesãs e 20 artesãos ativos mantendo as técnicas artesanais ancestrais de tecelagem vivas. | Fotos: Theo Grahl | Artesol

Para buscar recursos de fomento à cultura ritual e material, a aldeia criou a Associação Centro Cultural Kàjre em 2003 e o Grupo Mẽntuwajê Guardião da Cultura, de forma a manter a organização da comercialização do artesanato produzido na aldeia.

O Centro Cultural também recebeu apoio do Museu do Índio, que adquiriu muitos artesanatos para contribuir com a disponibilidade de produtos para venda em feiras em Palmas, Brasília e Rio de Janeiro. Sendo assim, o Centro Cultural trabalha na geração de renda para a comunidade por meio da comercialização de artesanato e na preservação da cultura Krahô.

Atualmente, são aproximadamente 120 artesãs e 20 artesãos ativos trabalhando os mais diversos materiais e mantendo as técnicas artesanais ancestrais de tecelagem vivas nas aldeias Krahôs.

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Artesol

A comunidade indígena também é impulsionada pela Rede Artesol, uma organização sem fins lucrativos que já mapeou diferentes etnias indígenas em todo o país que atuam na confecção ou comercialização do artesanato de tradição brasileiro. O objetivo da iniciativa é valorizar o consumo da produção artesanal indígena, além de estimular o comércio justo.

Krahô artesol
Foto: Artesol

O trabalho da Aldeia Krahô e de outros povos podem ser localizados na plataforma do projeto (artesol.org.br), que funciona como o maior mapa do artesanato brasileiro, onde é possível encontrar informações sobre os artesãos e sua produção e contatá-los diretamente.

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