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Universitários brasileiros terão aulas em navio oceanográfico

Estudantes da Unifesp e Unesp terão aulas dentro do navio “Ciências do Mar III” em Santos

navio oceanográfico
Foto: Divulgação | CM III

O navio oceanográfico “Ciências do Mar III” já está circulando na Baixada Santista, litoral Sul de São Paulo, e está pronto para receber alunos dos cursos de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Engenharia de Pesca da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

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As aulas embarcadas fazem parte de um projeto nacional para a formação de estudantes, que terão vivência em uma embarcação equipada com sala de aula, laboratórios, alojamento e diversos equipamentos essenciais na formação de novos profissionais.

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Foto: Divulgação | CM III

O “Ciências do Mar III” é um dos quatro Laboratórios de Ensino Flutuante (LEF) construídos pelo Brasil com o objetivo de elevar a qualidade da formação dos cursos de Ciências do Mar nas universidades públicas brasileiras.

Os embarques dos alunos de graduação do curso de Ciências do Mar da Unifesp serão divididos em pequenos cruzeiros científicos de três dias e ocorrerão entre os dias 4 e 17 de novembro. “Não vejo a hora dessas atividades se iniciarem. O embarque é uma oportunidade indescritível de aprendizagem e, além de motivar, me fez ter a certeza da minha escolha profissional”, destaca Bianca Acayaba dos Santos, estudante do curso de graduação em Ciências do Mar da Unifesp.

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Foto: Divulgação | CM III

Navios oceanográficos

A construção desses navios envolve mais de uma década de esforços institucionais e está ligada a uma iniciativa do grupo de trabalho para a Formação de Recursos Humanos em Ciências do Mar (PPGMar) da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM).

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Foto: Divulgação | CM III

O navio fica lotado na Universidade Federal Fluminense (UFF) e está disponível, por meio de um convênio, para cursos de outras seis instituições públicas da Região Sudeste: Ciências do Mar (Unifesp), Engenharia de Pesca (Unesp e Instituto Federal do Espírito Santo – IFES), Biologia Marinha (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), Oceanografia (Universidade Estadual do Rio de Janeiro — UERJ; e Universidade Federal do Espírito Santo – UFES).

“Ser signatário de um convênio dessas proporções é uma grande conquista institucional e, para mim, é uma honra dirigir um campus de uma instituição com docentes que, apesar de todas as dificuldades impostas nos últimos anos, não desistiram dos sonhos de elevar a qualidade da formação dos nossos egressos”, comemora o professor Odair Aguiar, diretor acadêmico do Campus Baixada Santista da Unifesp, considerada uma das melhores universidades da América Latina.

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Foto: Divulgação | CM III

O projeto do navio, desde a sua concepção, aprovação de recursos e construção, levou 20 anos, e o início das atividades didáticas na embarcação atrasou devido às restrições impostas pela pandemia.

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“Estar, junto com outros colegas, à frente desse projeto é uma das grandes realizações da carreira. É a oportunidade de deixar um legado para as novas gerações de docentes e pesquisadores brasileiros. É a oportunidade de proporcionar às novas gerações uma formação que não tivemos. Cabe às próximas gerações o desafio de absorver e transformar, por meio da ciência, a relação da nossa sociedade com os recursos marinhos nacionais”, comenta o professor Abílio Soares da UFF, membro do comitê gestor do navio CM III e autor de um dos mais importantes livros de biologia marinha utilizado nas universidades brasileiras.

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Foto: Divulgação | CM III

Graduação em Oceanografia

O ingresso da Unifesp no convênio para uso do CM III é um importante passo para um dos projetos didáticos do Instituto do Mar (IMar) da Unifesp, a abertura do curso de Oceanografia.

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Foto: Divulgação | CM III

“Um dos grandes entraves para a formação de oceanógrafos no Brasil é a necessidade de uma carga horária embarcada. Há anos estamos trabalhando em um projeto pedagógico moderno e inovador para formar oceanógrafos no IMar”, destaca o professor Igor Medeiros, diretor do IMar/Unifesp, fazendo referência à Década dos Oceanos (2021/2030) decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU).