Mulher larga o mundo corporativo para viver em mini casa e ajudar cães

Para muitas pessoas, trabalhar e ganhar dinheiro o suficiente é uma meta. Mas muitas pessoas que conquistam este objetivo, acabam descobrindo que não é aí que está a felicidade. Aliás, algumas pessoas deixam para trás excelentes salários para experimentar uma vida mais livre e significativa. É o caso de Mark Boyle, empresário que decidiu viver sem dinheiro, e Dyllan Freeburg, uma americana que abandonou o mundo corporativo para se dedicar à causa animal, em uma van que ela transformou em mini casa.

Dyllan tinha construído uma carreira em uma grande empresa, ganhava bastante dinheiro, mas optou por deixar isso para trás e adotar um estilo de vida minimalista, com um trabalho cheio de propósito: ajudar a resgatar e cuidar de animais abandonados.

“Eu estava ganhando muito dinheiro e tendo um desempenho muito bom em meu trabalho. Mas também estava totalmente insatisfeita e sabia que queria fazer uma mudança. Tive privilégio de permanecer naquele emprego o tempo suficiente para pagar minha faculdade e investir nesta vida nômade e dedicada à uma causa”, conta ela.

Hoje, Dyllan trabalha para a ONG Underdog Rescue de Moab, Utah. Ela lidera uma equipe que resgata e cuida de cães abandonados, ajuda na clínica da organização e também faz um trabalho de conscientização com as comunidades locais.

E faz tudo isso, vivendo em uma van que ela transformou em uma mini casa sobre rodas. A reforma foi feita pela própria Dyllan com a ajuda da família e o resultado é um espaço confortável e funcional. Neste vídeo da Tiny Home Tours é possível ver cada detalhe da mini casa e a história por trás de cada espaço.

A van RAM ProMaster virou um lar e ganhou um novo nome: Sunflower, ou Sunny. Dyllan divide seu lar com a cadela Júpiter e configurou o layout da van para que as duas levem uma vida tranquila, com todas as necessidades atendidas. Além disso, a van reformada ajuda nas tarefas relacionadas ao trabalho com os cães abandonados – em compartimentos para levar comida de cachorro e outros equipamentos que Dyllan usa no seu dia a dia.

A paleta de cores claras e a decoração minimalista da van ajudam a torná-la maior e mais arejada. Ao entrar já é possível ver uma série de toques pessoais objetos cheios de história, que criam um ambiente acolhedor, como o banquinho coberto por um cobertor que Dylan herdou de seu pai, que é usado como cadeira ou como degrau para subir na van. Há também pequenas peças de arte que ela trouxe de suas viagens e uma pequena planta suculenta que ganhou de sua mãe.

A área da cozinha tem uma pia grande, um balcão feito de compensado reaproveitado e um conjunto de armários que Dyllan comprou em uma loja de ferragens e reformou. O toque elegante fica por conta de uma torneira suspensa dourada e de um papel de parede que imita azulejos. Para prender as portas dos armários, a solução foi “fechaduras” de velcro de resistência industrial como forma de garantir que as portas permaneçam no lugar quando estão fechadas ou abertas.

Há também um filtro de água, que Dylan enche com água potável antes de pegar a estrada. A água é comprada ou doada por estabelecimentos próximos de onde a mini casa fica estacionada.

Ela optou por não ter um banheiro dentro da van, já que pode usar banheiros públicos ou então fazer suas necessidades em potes que depois ela esvazia e limpa. Este recurso só é usado quando ela está em locais totalmente isolados. Nestes locais ela usa a água do filtro e de dois galões de água que ficam embaixo da pia. Um terceiro galão de água é usado para armazenar a água cinza usada na torneira.

O telhado tem três pontos de ventilação e uma claraboia que garante a iluminação natural durante o dia. O banco do passageiro ganhou um giro de 360 graus para que sirva de poltrona para Dyllan ou convidados, mas quem mais usa este espaço é a cadelinha Júpiter – seja quando vai dormir ou quando viaja com sua dona.

Para as refeições, Dyllan usa uma mesa retrátil. O banco é também um armário para armazenar mantimentos. A comida pode ser guardada na geladeira ou no freezer, que pode mudar de lugar quando houver necessidade de abrir espaço dentro da van.

A cama tem o tamanho de uma cama normal e garante uma confortável noite de sono. “Eu consigo dormir na natureza quase todas as noites e isso é incrível. Realmente alimenta minha alma e realmente alimenta a alma de Juniper, então vale a pena”, conta Dyllan.

Embaixo da cama, que é elevada, um grande espaço pode ser aproveitado para transportar cargas ou cães resgatados para a clínica de atendimento.

Quer conhecer melhor a história e a rotina de Dyllan e Júpiter? Siga o perfil das duas no Instagram .