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Geração própria de energia
A geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na segunda posição da matriz elétrica nacional. | Foto: Robert So | Pexels

Na última sexta-feira (17), o Brasil alcançou a marca de 18 gigawatts de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de GD (Geração Distribuída). O resultado, puxado pela energia solar, com 98,5% do total em GD, conta também com a evolução de outras fontes, como a biomassa, o biogás, a energia eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural.

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De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), “a GD começou 2023 com o mesmo ritmo de crescimento que terminou o ano passado. Prova disso é que em janeiro o Brasil completou 17 GW e, agora, menos de 30 dias depois, alcança a importante marca de 18 GW. A previsão da ABGD é de que, até o final do ano, o segmento chegue a cerca de 25 GW de capacidade”.

Atualmente, a geração própria de energia conta com 1,7 milhão de usinas de microgeração e minigeração distribuídas pelo país e 2,2 milhões de unidades consumidoras (UC’s) que utilizam a GD no país. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis.

De acordo com a ABGD, com os atuais 18 GW de potência instalada, a geração distribuída tem capacidade suficiente para abastecer aproximadamente 9 milhões de residências, ou 36 milhões de pessoas. Entre os consumidores beneficiados, a maioria (48,6%) dos projetos é do grupo residencial, seguido pelo consumo comercial (28,7%), rural (14,7%) e industrial (6,9%).

minigeração distribuída
A Geração Distribuída tem sido decisiva para as mudanças no setor de energia no Brasil. | Foto: Kindel Media | Pexels

A geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na segunda posição da matriz elétrica nacional: cerca de 2/3 da potência dessa fonte vem da geração distribuída, em telhados ou projetos de minigeração, contra 1/3 de geração centralizada (as fazendas solares de grande porte). A expectativa é de que a GD mantenha o crescimento vertiginoso em 2023, acrescentando cerca de 8 GW ao longo do ano.

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A evolução da geração própria de energia passa principalmente pelos benefícios oferecidos por essa modalidade, em diferentes aspetos. Para os consumidores, a GD se tornou uma alternativa para garantir previsibilidade e baixar custos, além de contribuir com a transição energética. Em relação ao sistema elétrico nacional, a geração própria de energia reduz custos de transmissão e distribuição e contribui para a segurança do sistema, além de utilizar fontes renováveis.