Dinamarca vai cobrar imposto verde sobre passagens aéreas
Com valores que variam de US$ 7,35 a US$ 59,95 por passageiro, taxa vai ser cobrada a partir de 2025
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A partir de 2025, dinamarqueses que optarem por viagens de avião vão pagar um imposto verde. O valor será adicionado às passagens aéreas e será aplicado aos voos que partem da Dinamarca, excluindo aqueles que chegam ou fazem conexão no país. O imposto vai ser implementado gradualmente até 2030, com valores de aproximadamente US$ 7,35 por passageiro para voos dentro da Europa, US$ 45,33 para voos de média distância e US$ 59,95 para voos longos.
“O setor dos transportes precisa de uma rápida transição verde e, com este acordo, isso inclui também a aviação. Ainda será possível voar, mas a ideia é fazer isso de uma maneira ecologicamente correta”, explicou Thomas Danielsen, ministro dos transportes da Dinamarca.
O país está incentivando outros estados membros da União Europeia a seguirem o seu exemplo. “Imagino que com o passar dos anos teremos uma regulamentação europeia comum nesta área. Esse seria o caminho certo a seguir”, disse o ministro do Clima, Energia e Serviços Públicos da Dinamarca, Lars Aagaard.
O valor arrecadado com o novo imposto vai ser aplicado na utilização de combustível sustentável na aviação (SAF, sigla em inglês), além de financiar um aumento do bónus dos pensionistas do país que recebem valores mais baixos, incluindo benefícios ambientais e sociais como benefícios.
De acordo com Our World in Data, o setor de transporte representa cerca de um quarto da pegada de carbono global do setor energético. O website salientou que o ciclismo e a caminhada são os meios de transporte com menor pegada de carbono, acrescentando que, para viagens mais curtas, andar de bicicleta em vez de conduzir um carro reduz as emissões das viagens em aproximadamente 75 por cento.
Em relação às viagens aéreas, a intensidade de emissões de carbono é inversamente proporcional à distância percorrida – quanto menor a distância do percurso percorrido de avião, maior a pegada de carbono por km.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), 2% de todas as emissões de dióxido de carbono do sector energético vieram da indústria da aviação em 2022. “Muitas medidas técnicas relacionadas com combustíveis de baixas emissões, melhorias nas aeronaves, otimização operacional e soluções de contenção da procura são necessárias para travar o crescimento das emissões e, em última análise, reduzi-las nesta década, a fim de alcançar as emissões líquidas zero até 2050 Cenário”, afirma a IEA.
O o governo dinamarquês tem como meta ter a primeira rota doméstica exclusivamente alimentada por combustíveis verdes a operar até 2025, “O setor da aviação na Dinamarca deve – tal como todas as outras indústrias – reduzir a sua pegada climática e avançar em direção de um futuro verde”, disse Aagaard.
